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Nº 5759
Opinião

V� procur�-la, tamb�m!

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Por | Edição do dia 08/07/2015 - Matéria atualizada em 08/07/2015 às 00h00

Caríssima leitora e leitor que me dão a impagável honra de ler essas linhas: faço-o em tom de desabafo, com misto de razoáveis revolta e desalento. Vocês certamente me dirão que não devemos fazê-lo, porque ao assim agir estaremos nos igualando ao que há de pior que vemos neles e que condenamos. Mas, que diabos, perdoem-me: sou assaz pequeno para tanta grandeza. Uma, talvez mais vez, exercitando minha filosofia de botequim, já disse, em tinta ou voz, que se a eleição de Lula não tivesse servido para nada o teria para desnudar, novamente, o pior que existe na autodenominada cordata e avançada sociedade brasileira. Novamente, porque a de Vargas e a de Goulart já o fizeram, embora com consequências mais nefastas ainda. E é verdade. A eleição e reeleição de Lula e Dilma provocaram, e continuam a fazê-lo, o emergir do racismo, do fascismo, da homofobia, da xenofobia, do desrespeito, do preconceito, da face mais cruel e ignorante do povo brasileiro de qualquer classe, embora com mais vigor e, por isto mesmo, sem o recurso do perdão aos analfabetos funcionais, das classes média e alta. Fazem-no, não há negar-se, com o auxílio inestimável, fundamental e preponderante dos grandes grupos midiáticos que governavam este país à época em que ministro de estado tirava os sapatos em aeroporto estadunidense, e que sob os governos Lula/Dilma se transformaram no seu principal partido de oposição. O modus operandi midiático envolve, sem eventual titubeio por resquício de moral, que não tem, a mentira, a manipulação, a omissão, e os crimes, entre outros, de calúnia, injúria e difamação. Não há negar-se, tampouco, que é a presidenta e a mulher, filha, mãe e avó Dilma Rousseff a maior vítima dessa “gente”, com aspas, mais ainda do que Lula. Toda sorte de agressões verbais do mais baixo nível já lhe foram endereçadas, em público e nas redes sociais, com o apoio explícito, ou omissivamente cúmplice, da mídia e dos seus adversários políticos. A última: um adesivo infame que me recuso a descrever, aqui. Uma internauta o teria recebido de uma ex-amiga, como faz questão de frisar. Resolveu brincar também: fez uma montagem do mesmo adesivo com o rosto da filha dela. Foi xingada, por isto, de tudo quanto é jeito e nome. Como assim? A brincadeira só vale com a mãe, filha, avó, classe social e orientação sexual do outro, indagou? Deu-lhe, então, o conselho que o Boechat deu ao Malafaia: vai procurar uma r...! Dou, também.

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