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Nº 5759
Opinião

Sua majestade, o vento

Novamente, detenho a minha atenção em determinado fenômeno da natureza, desta vez, o vento. Extasia-me todas as obras do Criador, por meio das quais angario inspirações, moldes para escrever prosas e versos e a felicidade de ser participante deste mundo

Por | Edição do dia 22/07/2015 - Matéria atualizada em 22/07/2015 às 00h00

Novamente, detenho a minha atenção em determinado fenômeno da natureza, desta vez, o vento. Extasia-me todas as obras do Criador, por meio das quais angario inspirações, moldes para escrever prosas e versos e a felicidade de ser participante deste mundo maravilhoso recebido gratuitamente, sem qualquer reembolso. Tenho ouvido o seu cantarolar, sob a forma de gemidos e assobios, nesta madrugada dormente e em tantas outras, como se me convidasse a presenciar a possível aparição do sol. Atravesso, imaginariamente, para o verdadeiro mundo criado por Alguém que jamais assinou qualquer uma das suas obras; no entanto, são reconhecidas e exaltadas por todos os viventes, dispensando a imitação de qualquer uma delas, por mais competente que seja o autor. E desafiando este conjunto de metáforas, linguagens geradoras de uma poesia simples e verdadeira, passo a escutar o sussurrar do vento, tangendo a ramagem das árvores mais próximas e alcançando todas as outras que bordam o mundo, ultrapassando todos os limites, penetrando em todos os lugares. Retém os segredos mais invioláveis, mistérios indecifráveis, sem espalhá-los com os seus assobios agudos. Flauteia constantemente canções inéditas, pois os fenômenos da natureza não se repetem. Rodopia dia e noite, mas oculta a assinatura de quem o instalou pelas faces do mundo. Cada instante, tudo é diferente: as flores, as ramagens das árvores, desde as mais raquíticas às mais frondosas, que se espreguiçam e se balançam, ao seu toque fraterno, pois o Artista que edificou o universo, não admite cópias. É responsável e oculto, porém real. Jamais o vimos. Os seus ensinamentos prevalecem nos caminhos a serem trilhados por nós, quando os buscamos com fé e comunhão. E interrogo, neste momento:- Quem criou tantas maravilhas, quem as fez cumprir horários, benefícios, sem o auxilio de qualquer ciência ou instrumentos dos mais sofisticados ao mais simples? – Onde se encontra Aquele autor soberano que imaginou tantas diversidades e se escondeu, após fazer tantas obras, um universo diferenciado, sem falhas, sem repetições? – Onde escondeu o seu autógrafo? Afirmamos que nada nos pertence; apenas somos adeptos a cópias que tentamos imitar fragilmente. Esse Cientista único, não necessita de rubricar Suas obras, pois quer sejamos crédulos ou ateus, gênios ou ignorantes, jamais recriaremos algo semelhante a mais invisível das suas obras!!

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