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Nº 5759
Opinião

Proximidade do poder

A Constituição da República de 1988 ao tempo em que pôs sobre os ombros dos municípios brasileiros responsabilidades até então a cargo dos outros entes federativos – vem daí a municipalização da saúde e da educação – reavivou na população brasileira a ide

Por | Edição do dia 13/08/2015 - Matéria atualizada em 13/08/2015 às 00h00

A Constituição da República de 1988 ao tempo em que pôs sobre os ombros dos municípios brasileiros responsabilidades até então a cargo dos outros entes federativos – vem daí a municipalização da saúde e da educação – reavivou na população brasileira a ideia da “proximidade do poder”, ou seja: a solução para os problemas cotidianos de uma cidade não dependia mais de um distante governo federal ou de um inacessível governador de estado; estava ali, próxima, bastava procurar o prefeito e fazer o pedido. O administrador municipal, por sua vez se vê num dilema: como explicar para o povo que para desempenhar as tarefas estabelecidas os recursos municipais são insuficientes? Ao tentar expor as minúcias técnicas das atribuições dos poderes, o prefeito cai na armadilha de se declarar incompetente para gerir uma cidade sem que receba ajuda para isso. E, na verdade, na maioria dos municípios do Brasil não há como administrar e produzir melhorias contando apenas com o FPM (Fundo de Participação dos Municípios) e a arrecadação de tributos locais. É nesse momento que o prefeito tem que agir com sapiência, humildade e timing político para buscar a ajuda necessária na consecução dos recursos fundamentais para tocar obras e garantir uma melhor qualidade de vida para todos. Foi isso que fez o prefeito de Maceió, Rui Palmeira, na última segunda-feira. Como coordenador da bancada federal de Alagoas, empenhei-me no convite aos deputados para uma reunião com a prefeitura de Maceió, e eles, de pronto, atenderam. Dos integrantes, sete compareceram, e não apenas para ouvir silentes ou assentir com indiferença. Desde o início da legislatura temos feito reuniões com autoridades do Estado. Essa última, com certeza, foi das mais produtivas. A prefeitura apresentou um caderno de propostas às emendas parlamentares no Orçamento Geral da União/2016 o que suscitou debate entre os presentes. Basicamente não houve contestações. Houve sim, sugestões de ajustes e contribuições que visam apenas o desenvolvimento da capital de Alagoas. A reunião foi significativa, também, porque os deputados tiraram o manto de quaisquer insinuações políticas nas intervenções. Fiz questão de deixar isso claro no início do encontro: que não fosse contaminado pela proximidade do pleito eleitoral; não queríamos precipitar a deflagração do processo de 2016 já. Que esse venha de forma natural e cordial, com a participação dos verdadeiramente interessados em ajudar Maceió. Pretendo fazer isso trabalhando na Câmara federal. O atual prefeito, e o próximo, terá o apoio da bancada para administrar a cidade e fazer seu povo feliz.

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