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Nº 5759
Opinião

Dom Bosco – 200 anos (2)

No dia 8 de dezembro de 1841, ano de sua ordenação sacerdotal, festa da Imaculada, na hora de sua missa na igreja de S. Francisco de Assis, em Turim, Dom Bosco encontrou seu primeiro aluno, Bartolomeu Garelli. Era um pobre ajudante de pedreiro, vindo do i

Por | Edição do dia 14/08/2015 - Matéria atualizada em 14/08/2015 às 00h00

No dia 8 de dezembro de 1841, ano de sua ordenação sacerdotal, festa da Imaculada, na hora de sua missa na igreja de S. Francisco de Assis, em Turim, Dom Bosco encontrou seu primeiro aluno, Bartolomeu Garelli. Era um pobre ajudante de pedreiro, vindo do interior, analfabeto, sem nenhum conhecimento da doutrina cristã. Dom Bosco deu-lhe a primeira aula de catecismo, começando aí o Oratório S. Francisco de Sales. O Oratório peregrinou por vários pontos da capital do Piemonte, até estabelecer-se em Valdocco, bairro de periferia. E assim a vida de Dom Bosco foi toda ela marcada por incompreensões, perseguições e sofrimentos. Os padres da Arquidiocese o julgavam doido, as autoridades civis um elemento perigoso para a ordem pública. Até um Arcebispo, Dom Gastaldi, o considerou insubordinado à autoridade diocesana. No fim da vida, foi consolado pela amizade e apoio do Cardeal Alimonda, seu último bispo. A aprovação definitiva das Constituições Salesianas custou-lhe penosas viagens a Roma, enfrentando ferrenha oposição da Cúria Romana, não obstante o carinho paterno e o apoio pessoal do santo papa Pio IX. A expansão mundial de sua obra começou com as missões na Patagônia, ”o fim do mundo,” como a chamou o Papa argentino. E logo sua Congregação estabeleceu-se em outros países da América Latina. A vez do Brasil foi em 1883, Niterói, e 1885, São Paulo. Custou-lhe imensos sacrifícios a construção de suas duas basílicas: a de Maria Auxiliadora em Turim-Valdocco, berço de sua obra mundial, onde está gravada a inscrição que ele vira em sonhos, referindo-se à sua celestial patrona: “Aqui é minha Casa, daqui a minha glória”. A outra basílica é a do Sagrado Coração de Jesus em Roma, no bairro do Castro Pretório, pedido do Papa Leão XIII, seu grande protetor. Esse trabalho com viagens à França e pela Itália, implorando os recursos necessários foi o consumidor das últimas energias físicas de Dom Bosco. A missa que ele celebrou na inauguração dessa igreja foi o marco do encerramento de suas atividades, quando ele proclamou da Senhora de seus sonhos: “Foi Ela que tudo fez!” “Razão, religião e carinho” – é o trinômio-base do seu sistema educativo, chamado Sistema Preventivo. Não por um pedagogo ou teórico da educação, mas por um santo e um dos maiores educadores do século 19 é que estamos comemorando dois séculos de nascimento.

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