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Nº 5759
Opinião

A poesia est� morrendo 2

Propositalmente, deixei suspensa a conclusão do artigo anterior, talvez pelo espaço restrito que nos é concedido neste jornal ou por desejar numa finalização mais concreta, meu pesar e de tantos, que alcança ao extremo, quando percebemos um deserto extens

Por | Edição do dia 30/08/2015 - Matéria atualizada em 30/08/2015 às 00h00

Propositalmente, deixei suspensa a conclusão do artigo anterior, talvez pelo espaço restrito que nos é concedido neste jornal ou por desejar numa finalização mais concreta, meu pesar e de tantos, que alcança ao extremo, quando percebemos um deserto extenso, onde o oásis aparece cada vez mais distante. As soluções, oriundas dos possíveis analgésicos, parecem sumidas das prateleiras, enquanto as dores atingem o máximo, desencadeando assustadoramente por todos os espaços do mundo! Na altura de acontecimentos tão deploráveis, não saberia redigir temas voltados para política, economia e similares. Tão somente uma angústia exagerada consome o meu ser e de tantos que avistam o universo por outro prisma, em busca de uma sociedade mais justa, alimentada com educação de qualidade, trabalho, saúde, moradia, segurança e salário digno. A estratégia escolhida, as normas obscuras de viver a vida têm sido um verdadeiro assassinato às metas divinas. Ao acionarmos os aparelhos modernos que nos transmitem notícias e que poderiam nos proporcionar instantes de lazer, nos deparamos com informações que deixam os nossos olhos baços, o coração palpitando, ao vermos o destino da nossa pátria sob ameaças, diante de tantos desencontros e desencantos. Certamente, deixaram sucumbir a religião, a moral, a família, esqueceram-se de afagar crianças, plantar árvores, escutar o canto das aves em momentos solenes, não permitindo ao Espírito Santo direcionar às nossas vidas. Esqueceram, sobretudo, de orar, plantando os joelhos num gesto de humildade e obediência, diante Daquele que é o Senhor do mundo e se esconde através do mais simples vivente. Assassinaram as riquezas inocentes a nós doadas, que proporcionam amor e paz! Esqueceram que a decepção e vergonha daqueles que estão fora das grades, talvez seja muito mais densa , o pranto mais condensado, tendo que enfrentar o público agitado em praça pública! O egoísmo inunda as criaturas, semelhante a ervas daninhas ,alastrando se, copiosamente ,por todos os recantos. Os corações adquiriram a rigidez do ferro e as faces indiferentes revertidas de hipocrisia passaram a desfilar exibindo uma possível tranquilidade! Esqueceram de que serão impressos na história, por meio de poemas fúnebres e narrativas turvas, jamais apagadas e que serão eternas! E muitos espectadores, colocados à margem, nutrirão sempre a esperança de que o nosso Brasil, nascido aos pés da cruz permanecerá sempre acreditando em possíveis milagres!

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