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Nº 5759
Opinião

Algo para comemorar

O coronel Manuel Marcondes de Oliveira Melo era o subcomandante da guarda de honra que acompanhava o príncipe regente D. Pedro naquele 7 de setembro de 1822. Depois contemplado com o título de barão de Pindamonhagaba, o coronel foi a testemunha ocular dos

Por | Edição do dia 05/09/2015 - Matéria atualizada em 05/09/2015 às 00h00

O coronel Manuel Marcondes de Oliveira Melo era o subcomandante da guarda de honra que acompanhava o príncipe regente D. Pedro naquele 7 de setembro de 1822. Depois contemplado com o título de barão de Pindamonhagaba, o coronel foi a testemunha ocular dos fatos que mais tarde descreveu em suas memórias. Nelas, o coronel descreve que o futuro imperador do Brasil chegou às cercanias do riacho Ipiranga pelas 16.30 horas, após uma extenuante viagem iniciada em Santos e que precisara interromper por várias vezes, pois de intervalos a intervalos necessitara apear de sua montaria para “prover-se” à sombra dos matagais, desde que inclemente e impiedosa dor de barriga acometera suas nobres tripas justamente naquele dia tão importante. Em 1808, quatorze anos antes,um desarranjo maior já tinha acometido a vida na colônia com a chegada da Corte portuguesa fugida do avanço de Napoleão. Dom João aportara no Rio de Janeiro, trazendo consigo uma leva de 15 mil pessoas,que passaram a viver à custa do Estado e do trabalho de uma população que mal chegava aos 60 mil habitantes. Depois de passados tantos anos,o Brasil tem o governo mais impopular de sua História e continua sua saga de ter muita gente vivendo à custa do Estado, mas ele nunca esteve tão desarranjado: enfrenta uma crise econômica,política e ética sem precedentes. Pelo lado da crise econômica, pela primeira vez um governo envia ao Congresso um orçamento no qual reconhece sua incapacidade de pagar suas contas, e não se trata de sinceridade e transparência, mas da tentativa de repassar para o Legislativo uma obrigação que seria sua. A população, majoritariamente, não identifica nos eleitos para o Legislativo, alguém merecedor de sua confiança e capaz de tirar o País do buraco, daí,transfere suas esperanças para um juiz , o Dr. Sérgio Moro, que provavelmente, será a liderança mais reverenciada nessa celebração da Independência, mas cujas aptidões não chegam ao uso da magia. Para não ser pessimista em momento tão importante da Nação brasileira,resta o consolo de esperar que os exemplos dados pelos que à frente das Instituições nacionais cumprem o seu papel de forma tão criteriosa, sejam seguidos por outros,fazendo-os cumprir também com suas obrigações no combate à corrupção,na utilização correta dos recursos públicos e na disposição de enfrentar os escusos interesses pessoais dos que nos levaram ao buraco, com a mesma coragem e a mesma determinação.

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