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Nº 5759
Opinião

Dedica��o � P�tria

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Por | Edição do dia 10/09/2015 - Matéria atualizada em 10/09/2015 às 00h00

Após as eleições do ano passado, o que era uma crise com viés econômico, acabou por se tornar institucional, alimentada por artimanhas políticas desestabilizadoras. Há setores da sociedade exultando com isso, pois sendo assim imaginar ter condições de contestar a legitimidade do pleito e propor uma ruptura com a substituição de quem governa. Podem não cumprir a ameaça, mas a ameaça por si já é suficiente para aprofundar ainda mais o processo em curso. Urge, então, uma tomada de consciência de que acima de tudo está o Brasil, que perseguir e estigmatizar um grupo político específico não vai solucionar nossos problemas imediatos. É momento de nos unirmos em torno do País. Para os pessimistas de plantão, a culpa de tudo reside na estrutura paquidérmica do Poder Executivo, com seus ministérios e estatais, e na rota da corrupção detectada envolvendo a Petrobras. Uma visão reducionista que não enxerga que o custo Brasil não é responsabilidade apenas do Palácio do Planalto, mas também do Judiciário, com sua máquina arcaica e dispendiosa, do Ministério Público e do próprio Legislativo. Se o caso é fazer economia, todos têm que fazer a sua parte. Mas não é o que se vê. Uma proposta positiva, contudo, foi adotada pela Câmara Federal no último dia 3. O Plenário aprovou a Medida Provisória 675, que aumenta de 15% para 20% a alíquota da Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) cobrada de instituições financeiras como bancos. A previsão do governo é que, com isso, o aumento de arrecadação para 2016 será de R$ 3,78 bilhões. O texto ainda vai para o Senado e deve provocar reclamações. Os protestos devem vir dos mesmos setores que são contra o Bolsa Família; aqueles que têm grande fortunas e temem que elas possam ser atingidas por tributos específicos. O fato é que para superar esse processo de turbulência, o Brasil vai precisar da união de todos em volta de um si, um abraço simbólico que não implica em omissão diante do fato de que ajustes precisam ser feitos, atitudes revistas e novas práticas incorporadas ao cotidiano político para purgarmos o Estado brasileiro de vícios atávicos. É hora de despirmos as vestes da intolerância, do ódio insano e lembrarmos que nossos filhos e netos herdarão esta terra, que ela não pode ser arrasada agora para uma semeadura futura: devemos nos concentrar no instante que vivemos, que é tenso, mas que exige de nós dedicação à Pátria, e ela é maior que nós.

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