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Lindolfo Collor e a CLT

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O ser humano esquece com facilidade realizações praticadas por vultos históricos ou políticos em prol da sociedade. A História Geral preserva de geração em geração ações benéficas ou até mesmo maléficas praticadas por alguém, cujo registro histórico perpetuar-se-á perenemente. Evidente que, os atos de ferocidade dos tiranos e psicopatas contra a humanidade causam-nos até hoje, repúdio e tristeza por tudo que sofreu a criatura humana ao longo dos tempos, desde da caverna até aos nossos dias. Os benfeitores, cientistas e intelectuais deixaram suas marcas indeléveis metaforizadas em legados morais e culturais. Nessa oportunidade escolhemos para homenagear Lindolfo Leopoldo Boeckel Collor, conhecido por todos como Lindolfo Collor. Lembrar o ilustre brasileiro é fazer justiça, considerando o ecletismo que fora possuidor, sobretudo no campo cultural e político onde mais se destacou. Descendência alemã, nascido em São Leopoldo, Rio Grande do Sul, há quatro de fevereiro de 1890. Formação cristã. Estudou no Seminário Luterano. Aos 15 anos de idade confirmado bispo da Igreja Episcopal. Pouco tempo passou na vida religiosa, deixando-a na busca de aperfeiçoamento no mundo literário e político. A trajetória intelectual e política de Lindolfo Collor serviu de paradigma e incentivo para juventude da época. De formação eclética com profissionalismo na condição de escritor, poeta, jornalista e político, sendo nesse último mister onde mais se profissionalizou. Diplomado em Farmácia, porém, nunca a exerceu. Aos 27 anos de idade publicou na Tribuna, veículo naquele tempo mais importante do Rio de Janeiro, um artigo cujo titulo versou sobre Questões Sociais, proclamando ao povo brasileiro a observar a consciência do planeta para a reforma social. Havendo, destarte, necessidade de ofertar aos operários leis civis adequadas às suas necessidades nos diversos meios. Por conta das suas tendências socialistas passou algum tempo ausente do nosso país, residindo em Portugal e França. Como revolucionário foi um dos articuladores da Aliança Liberal, inclusive responsável pela redação do Manifesto da mesma, bem assim, mais tarde, elaborou a plataforma do governo de Getúlio Vargas. Lindolfo Collor exerceu no governo provisório de Getúlio Vargas o Ministério do Trabalho criado exclusivamente para aquietar o alemão, como assim falava Getúlio quando se referia ao mesmo. Collor permaneceu no Ministério do Trabalho 15 meses, mas, durante esse período elaborou e conseguiu por em prática lei social, considerada a primeira na América do Sul, inclusive, inspirada na Encíclica Rerum Novarum de Leão XIII tida como lei social mais adiantada do mundo. O Brasil deve muito a Lindolfo Collor, principalmente a classe operária que foi contemplada com lei justa, humana e progressista. Collor teve opositores das suas idéias, no caso os comunistas e o grupo dos tenentes. Mesmo assim conseguiu êxito com a criação e implantação da maior legislação em prol dos injustiçados e desassistidos. Foi um defensor incondicional da classe operária. Não desistia das suas idéias, nem muito menos deixava ser levado por status de quem quer que fosse. Deixou como herança indestrutível para descendência e para o povo brasileiro, exemplo de amor, abnegação e probidade que serviu de esmero para todos nossos patrícios que conviveram com o nosso homenageado. A CLT representa a garantia, o bem estar e social para toda classe operariada.

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