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Nº 5759
Opinião

DE JORNAL A CONGLOMERADO

Vejo a Gazeta de Alagoas comemorar 82 anos de vida ininterruptos e lembro de sua segunda fase, já sob a Organização Arnon de Mello, nos meados do século passado. Tinha eu 14 em 1958 – e lá se vão 58 anos – ralando nos bancos escolares do velho Colégio Dio

Por | Edição do dia 01/03/2016 - Matéria atualizada em 01/03/2016 às 00h00

Vejo a Gazeta de Alagoas comemorar 82 anos de vida ininterruptos e lembro de sua segunda fase, já sob a Organização Arnon de Mello, nos meados do século passado. Tinha eu 14 em 1958 – e lá se vão 58 anos – ralando nos bancos escolares do velho Colégio Diocesano, quando, junto com colegas, fomos a sua redação saber da possibilidade de reportarmos em suas páginas as atividades esportivas do velho casarão da rua do Macena. E Renan Rosas abriu-nos as páginas para realizarmos nosso sonho. Esperava o jornaleiro logo cedo para ver as reportagens sempre com o título “Esporte no Colégio Diocesano”, com a assinatura de Isnaldo Bulhões Barros, hoje conselheiro aposentado do TCE, Carlos Jorge Bezerra Barros, procurador de Justiça também aposentado, ou desse saudosista José Maurício Gama Brêda. Pouco tempo depois, sou presenteado pelo próprio Renan com uma coluna sob minha responsabilidade batizada por ele de “Mosaicos Esportivos”. Nela, concedeu-me liberdade de ir além dos muros do colégio, abrangendo outras plagas. E assim foi durante uns dois anos. Mas, como quem gosta torna, eis que, em 2006, deu-me vontade de reviver aqueles momentos de espera da Gazeta, o que vem acontecendo nestes últimos dez anos, só que em forma de artigos. Primeiro, no Caderno Saber, focando um tema que desperta curiosidade para quem se torna bom degustador: o vinho. Depois, nesta página, sem deixar de quando em vez dar um pulinho no Saber. Estreei com “O rapto do dr. Bastinho”, uma aventura gostosa que vivi com meu saudoso amigo na época em que exerci a presidência do glorioso CSA. Já no segundo artigo, matei as saudades em “Recordações gazeteanas”, no qual relatei o passado acima e lembrei personalidades que marcaram aqueles tempos. Para tanto, visitei os arquivos da Gazeta na antiga sede do Tabuleiro. Não me contive só nos meus escritos e fui, curiosamente, lendo sobre políticos mandarem assassinar outros em nossa terra; Teotônio Vilela, o pai, sem ainda ser o Menestrel, pontificando com suas crônicas; e Donizetti, o Calheiros, sem sua perna mas com sua pena arrasadora para com os adversários; Vi Lilian Rose, a Maria José Palmeira, antecedendo a Cândida, “socialiteando”; Vi meu pai, Carlos Brêda, lançar com meus tios a pedra fundamental do Edf. Brêda. E revi tantos outros que representei na figura maior do jornalista, como gostava, empresário, governador, senador e, acima de tudo, o gentleman, dr. Arnon, o Affonso de Farias Mello, responsável pela implantação desse que se tornou o maior conglomerado de comunicação de nosso Estado.

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