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Nº 5759
Opinião

ALAGOAS E O TURISMO

Conheço várias praias da costa brasileira, de Fortaleza a Santa Catarina e pude observar que, na sua grande maioria, não há nenhuma que supere a pujança e a beleza das nossas. Além disso que a natureza nos presenteou, temos o cânion do rio da unidade nac

Por | Edição do dia 02/03/2016 - Matéria atualizada em 02/03/2016 às 00h00

Conheço várias praias da costa brasileira, de Fortaleza a Santa Catarina e pude observar que, na sua grande maioria, não há nenhuma que supere a pujança e a beleza das nossas. Além disso que a natureza nos presenteou, temos o cânion do rio da unidade nacional com sua extraordinária beleza, que é o Rio São Francisco. Quem já fez o passeio por lá, pode muito bem concordar comigo. Da região Sul à região Norte, são cerca de 180 km de praias balneárias, isso mesmo, praias balneárias, como Barra de São Miguel, Francês e o Gunga, na região Sul; na região Norte, temos Maragogi, Praia do Marceneiro, Carro Quebrado, Duas Bicas, além das piscinas naturais, de beleza nunca vistas em outro lugar. Conquanto tudo isto, ainda não temos o fluxo turístico que Fortaleza tem. A que podemos atribuir? Não precisamos ir muito longe, tenho conhecimento que muitos estados brasileiros têm propaganda até em Portugal. Dizem que Rockfeller iniciou a vida com cem dólares, investindo noventa e nove em propaganda e um no negócio e hoje é a potência econômica que é. Ajuda até hospitais, brasileiros. Exageros à parte, existe um fundo de verdade nessa afirmação, não tanto assim, mas para mostrar que a propaganda é a “alma” do negócio, isto é, quem não propaga não vende. É sabido que a nossa educação está muito a dever ao nosso povo. As estatísticas revelam o analfabetismo funcional. Muitos que sabem ler não aprenderam o hábito da leitura e, consequentemente , não leem algum noticiário a respeito do potencial do nosso universo praieiro. Pois bem, o que fazer? Ora, vivemos a era da cibernética e da televisão que hoje alcança o mundo inteiro em fração de tempo mínimo. Os jornais chegam a poucos lares, pois o brasileiro lê pouco. Ainda não temos escola que ajude a criança a formar o hábito da leitura. Porém, a televisão entra em praticamente 98% (noventa e oito por cento) dos lares brasileiros. Dizia um certo humorista que quem não sabe ler, vê figura. Aqui está o segredo. Por que não se preparar um programa, contratando um bom cinegrafista para uma filmagem de toda a beleza que Alagoas encerra e divulgar na mídia? É verdade que a iniciativa deva partir da Secretaria de Turismo, porém o interesse maior deve ser das empresas de turismo, rede hoteleira e companhias de aviação. Segundo os jornais locais, o nosso Aeroporto Zumbi dos Palmares está operando com um terço de ociosidade. É bastante uma inserção três vezes por semana, por exemplo, no Bom Dia Brasil, para uma difusão maciça. Vez por outra tenho contato com turistas, na Barra de São Miguel, que ficam encantados com nossas belezas naturais, dizem que não vieram antes porque não imaginavam o paraíso que há ali. E aproveito para propagar as outras praias, como, por exemplo, as da região Norte. Agora é preciso que tenhamos estradas em boa conservação e praias limpas. Que os senhores prefeitos cuidem bem dos logradouros públicos, oportunizando que os visitantes levem uma boa imagem de nossas belezas naturais. Com relação à rede hoteleira, ainda há lugar para um hotel de boa categoria, com quadra de tênis, squash, quadra de vôlei entre a praia do Francês e a Barra de São Miguel, pois a distância não é problema. Quem conhece, por exemplo, o Hotel Tropical de Manaus e o Quatro Rodas de São Luiz do Maranhão, sabe que ficam, em média, cerca de 22 km distantes do centro da cidade, e só vivem lotados. Necessitamos conquistar, também, o turista estrangeiro.

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