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Procuram-se estudantes

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O Ministério da Educação anunciou esta semana que o governo fará uma busca ativa de 1,6 milhão de estudantes de 15 a 17 anos que estão fora do ensino médio. A etapa é considerada o principal ?gargalo? da educação básica no País. Para isso, equipes de saúde da família e assistentes sociais devem integrar a busca, que será feita em parceria com governos estaduais e municipais, a partir de um diagnóstico da evasão nesta etapa de ensino. A ideia é tentar trazer de volta os jovens que deixaram a escola para que estes retomem os estudos. Dados do censo de educação básica 2015 mostram que o índice de acesso e permanência na escola diminui de 96,8%, aos 14 anos, para 73,4% aos 17 anos. O novo censo também aponta uma nova queda no número de matrículas no ensino médio, a maior registrada nos últimos seis anos. Em 2015, o País registrou 8.074.881 matrículas nesta etapa de ensino nas redes pública e privada, uma redução de 2,7% em relação ao ano anterior, quando havia 8.300.189 matriculados no ensino médio. Para comparação, entre 2013 e 2014, a queda foi de 0,15%. A reformulação do currículo, a expansão da oferta de ensino profissional e o aumento da jornada escolar ? de quatro para cinco horas diárias ? são medidas em estudo para tentar atrair o jovem para o ensino médio, ofertado em 28 mil escolas do país. O ensino médio é um dos maiores gargalos na educação brasileira. A queda de 2,7% nas matrículas em 2015 é a maior já verificada desde 2011, quando o número de alunos foi de 8,4 milhões, contra oito milhões no ano passado. A evasão nesta etapa do ensino pode ser explicada por diferentes fatores. Desde a repetição constante, derivada do ensino deficiente, até a falta de interesse do próprio aluno por um modelo antigo de escola. Além disso, muitos alunos chegam ao ensino médio com defasagem de aprendizagem e sente dificuldade de acompanhar o grande volume de conteúdo exigido nessa etapa. Portanto, além de reformular o ensino médio para que ele se torne atrativo aos jovens, é preciso melhorar a educação na base. Caso contrário, continuaremos a ver jovens que não conseguem compreender plenamente o que leem ou resolver problemas simples que envolvem cálculo. Para um País em desenvolvimento, trata-se de uma deficiência que precisa ser combatida e superada.

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