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DI�CONOS EM CONGRESSO

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DOM EDVALDO G. AMARAL (*) Cinqüenta horas de ônibus levaram o diácono Jorge e o diácono Sabino com sua esposa Telma, de Belém do Pará até a Vila Kostka, perto de Campinas, no Estado de São Paulo. Com esses três paraenses, 160 diáconos permanentes, com 40 esposas e seis candidatos foram a Itaici – famosa pelas reuniões anuais da CNBB - de todo o Brasil, de Porto Alegre a Manaus, do Recife a Corumbá, para o III Congresso Nacional dos Diáconos do Brasil e a VII Assembléia Eletiva da Comissão Nacional de Diáconos. De Maceió, foram os diáconos José Maria Moura, Manoel Dias, Ronaldo e sua esposa Etilde, respectivamente, das paróquias de Cruz das Almas, Ponta Verde e Farol. Naqueles cinco abençoados dias, de 13 a 18 de fevereiro, no magnífico auditório “Rainha dos Apóstolos” do vetusto mosteiro jesuíta de Indaiatuba, os diáconos permanentes de inúmeras dioceses do Brasil discutiram o tema “O Ministério da Caridade – Diáconos para uma Igreja servidora em um mundo solidário”, com o lema “Crescer em amor mútuo e para com todos” (1Tess 3,12). Orientaram os debates e discussões os temas, apresentados por dom Dadeus Gring, arcebispo de Porto Alegre, dom Luciano Mendes de Almeida, arcebispo de Mariana, já presidente da CNBB e um dos atuais vice-presidentes do CELAM, padre Alfredinho, apóstolo dos moradores de rua de São Paulo. Foram apresentados, para edificação de todos nós, testemunhos concretos e maravilhosos, até comoventes, do trabalho do ministério da caridade, exercido em vários pontos do Brasil, do Pará ao Rio Grande do Sul pelos diáconos e suas esposas. Foi confirmado para um segundo mandato o diácono José Durán, da diocese de Palmares, em Pernambuco, com 146 votos com 149 votantes. Os Estatutos da Comissão Nacional de Diáconos foram revistos e adatados aos novos Estatutos da CNBB, recentemente aprovados pela Santa Sé. O Estatuto dos Diáconos será também aprovado na próxima reunião anual da CNBB, em abril vindouro. A missão e o ministério dos diáconos, em sua quase totalidade casados, deve ser sempre mais esclarecido para o Povo de Deus. Sua instituição, restaurada pelo Concílio Vaticano II, é hoje preciosa e indispensável para a ação pastoral da Igreja. Unindo a sacramentalidade da Ordem em seu 1o grau e o Matrimônio, com sua vivência familiar e sua experiência nos vários campos das realidades temporais, o diácono tem uma presença no seio da Igreja de hoje insubstituível. A escolha dos candidatos ao diaconato permanente exige uma rigorosa seleção - ele não é uma distinção ou prêmio a ser concedido – mas sim um serviço, que requer engajamento e total dedicação. Traz consigo uma boa soma de sacrifício, para conciliar as obrigações familiares e o trabalho profissional com o exercício pastoral de seu ministério. Sua preparação teológica tem que ser esmerada e de conveniente duração e a praxe pastoral precisa de bom acompanhamento e orientação segura e firme. Mas ninguém hoje na Igreja pode desconhecer e minimizar o grande trabalho, que nossos diáconos realizam em todas as paróquias, onde eles encontram apoio e compreensão. As novas gerações de presbíteros devem conhecer melhor o diaconato para poder apreciá-lo devidamente e dar-lhe o espaço que lhe compete, o que só resultará em maior eficácia do trabalho pastoral das nossas paróquias. O diaconato permanente veio para ficar, veio para ajudar e seja bem-vindo! (*) É ARCEBISPO EMÉRITO DE MACEIÓ.

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