Opinião
8 de Mar�o

CÉLIA ROCHA q A história tem provado que a participação da mulher nas vitórias pela igualdade de direitos tem sido decisiva. Tenha sido naquele 8 de março de 1857, quando várias tecelãs foram queimadas vivas dentro de uma fábrica, em Nova Iorque, nos Estados Unidos, por reivindicarem salários iguais aos dos homens; seja hoje, quando milhares de mulheres ocupam corajosamente funções e profissões que desafiam preconceitos e culturas do passado. É bem verdade que nesse último sábado, quando se comemorou mais um dia internacional da mulher, pode se calcular o quanto já caminhamos e construímos nesses últimos 146 anos. Seja em casa, na orientação aos filhos, na economia doméstica; seja no trabalho, como profissional legítima das transformações sociais. Na luta pelo seu espaço, a mulher tem dado exemplos de ética e dignidade pessoal. O mais importante é que, nessa luta permanente pela igualdade de direitos, a mulher tem plena consciência de que não é uma queda de braço com o homem que lhe garantirá a vitória. Ao contrário, temos a certeza de que, somente unidos, homens e mulheres, seremos capazes de formar uma sociedade de fato democrática e humanizada. É exatamente com essa visão que temos feito da mulher arapiraquense uma parceira imprescindível da nossa administração. A ambulante, a feirante, a comerciária, a funcionária pública, a profissional liberal, a política, a líder comunitária, a representante de classe, a educadora, a empresária, todas elas, em sua área, têm contribuído para o crescimento do município. Um pouco mais atrás, outras mulheres também souberam honrar Arapiraca com a sua determinação e destemor, a exemplo de Ceci Cunha, que levou para o Congresso Nacional e o Brasil a sua coragem de vencer como mulher e de servir como cidadã. No debate sobre as conquistas femininas, em quaisquer áreas, Arapiraca orgulha-se de nomes que engrandecem o município, como Letícia Barbosa, a primeira arapiraquense a assumir o mandato de vereadora, assim como Luíza Evangelista, nossa primeira deputada estadual. Ou dona Isabel Torres, advogada, professora e artista plástica, que desenhou e pintou a bandeira de Arapiraca. Certamente podemos citar a médica Dagmar Cajueiro, a professora Maria das Neves, dona Inês Lúcio, e tantas outras que tão bem souberam e sabem escrever a história da nossa gente. Em cada setor, em cada profissão, em cada cantinho de Arapiraca, sem dúvida alguma, há uma mulher forte, tão corajosa quanto aquelas tecelãs americanas, dispostas a somarem sua determinação e seu trabalho, num esforço conjunto pelo bem de Arapiraca. A elas, a cada uma delas, a minha homenagem, a minha referência, e o meu respeito. Que o dia 8 de março seja sempre uma data comemorativa para todas nós, mulheres. Uma data para festejarmos crescimentos e direitos. (q) É PREFEITA DE ARAPIRACA