Opinião
A DUPLA T&T

A dupla Trump e Theresa May segue firme assustando a todos com suas ideias e propostas que ameaçam desfazer a atual estrutura da economia mundial e pôr em risco uma delicada e já cambaleante paz americana. Ambos os líderes, no poder graças ao desinteresse de eleitores que hoje estão arrependidos e surfando na onda da ignorância, atuam de forma muito parecida com o período que precedeu a segunda guerra mundial, com ideias xenófobas, fechamento de suas economias, nacionalismos exagerados e inconsciência do mal que podem causar. Não estou sendo pessimista, até porque aprendi na vida que isso não nos leva a nada, mas este é o quadro que tenho percebido cada vez em entrevistas, programas de debates ou artigos. Oxalá possamos ver o impeachment de Trump, conforme afirmou o professor de história Allan Lichtman, o mesmo que previu em setembro que o candidato republicano ganharia as eleições presidenciais de 8 de novembro. Para Lichtman, Trump pode ser considerado como incontrolável, uma bala perdida, e isso o põe na mira dos republicanos, até porque saindo Trump, permanece o vice Mike Pence, cristão, conservador, profissional da política e, portanto, previsível. Ao contrário, Trump não parece respeitar muito a lei ou o Establishment e chegou mesmo a discriminar afro-americanos quando da contratação de suas empresas, além de não declarar seu Imposto de Renda quando candidato ou mesmo não registrar legalmente uma ONG que fundou em Nova York. Seus primeiros atos demonstram sua férrea vontade de pôr em prática as teses de campanha, acompanhado de atos teatrais e quase ridículos, como a justificar a seus eleitores dos grotões e conservadores de carteirinha que o que ele prometeu, cumprirá. Já Theresa May aposta nos americanos como saída para o Reino Unido se livrar de uma Europa cuja relação nunca assumiu integralmente, expressando o desejo de aposentados e desempregados que determinaram a sua ascensão. Caso consiga, fará jus ao título de novo poodle dos americanos, como já foi descrito seu antecessor Tony Blair quando de sua relação com Bush filho. E agora? O mundo está atônito e na torcida de que Marine le Pen não se torne a próxima presidente da França ou que Angela Merkel continue à frente da Alemanha, que o líder russo Vladimir Putin não invada a Ucrânia de vez ou que a China não responda agressivamente frente as ameaças do loiríssimo Trump. São muitas apostas... Resta rezar, fazer mandingas ou simplesmente torcer para que a ignorância não prevaleça. Deus nos ajude!