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domingo, 29/06/2025 | Ano | Nº 5999
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Opinião

O CRIT�RIO DA PRECED�NCIA NAS RELA��ES SOCIAIS

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Diz Emile Durkheim que: ?(...) o indivíduo nasce da sociedade, e não a sociedade nasce do indivíduo?. No entanto, a contemporização entre indivíduo e sociedade revela-nos que tanto um como outro recebem o mesmo influxo. Ou seja, ambos são susceptíveis na sua essência. O homem como um ser cultural apreende seu comportamento com esta sociedade, considerando o nível de seus interesses pessoais. Resumindo, vivemos uma relação de interesses. Os interesses comuns se revelam quase sempre na convivência, nas amizades antigas, sólidas que não conseguem ser alteradas pelas relações coletivas da sociedade. Estas, resistem ao inverno e ao verão da política e da economia. Não há cobrança, não existe pacto e tampouco exigências mútuas. O indivíduo passa anos sem se ver e quando se encontra é a mesma festa, com a sinceridade do pai da parábola do ?Filho Pródigo?. As relações com interesses unilaterais quando não há laços de amizade sólida, são as relações de interesses pessoais. Nestas, algumas pessoas investem, cultivam para colher mais tarde. Ninguém adula o outro com sinceridade. Diz Maquiavel: ?Todos veem o que tu aparentas, poucos sentem aquilo que tu és, e esses poucos não se atrevem a contrariar a opinião dos muitos?. Cada um representa a si mesmo de acordo com a conveniência de seu público. Não possui modéstia, humildade ou santidade, mas sabe representar cada um dos papéis como um verdadeiro ator. Há pessoas que possuem, internalizada em sua mente, uma lista de precedência que atende a seus próprios interesses pessoais. Age igual a um mestre de cerimônia quando forma uma mesa de honra. Fala primeiro, com os mais importantes, declina seu corpo, faz reverência, avassala-se e vai descendo no grau de importância até chegar aos seus iguais. Destes, eleva os olhos, arqueia o cenho em expressão piedosa e fala com os andrajosos, como se tivesse vontade de dizer: ? O que fazem aqui? Quebraram toda a harmonia do momento. Para estas pessoas, tripudiar é apenas um ato de sobrevivência na sociedade. Não há honra e nem compromisso. Existem pessoas que acreditam no próprio personagem que representa. Distancia-se tanto da plateia que esquece a fala e improvisa. Razão pela qual um momento de contenda é extremamente perigoso. Basta um intervalo entre a razão e o sentimento que a fúria explode incandescente. Revela-se seu verdadeiro eu. E não há quem contenha a força de seu verbo contaminando seus opositores com seu fel amargo e podre. Que Deus nos proteja desta sanha materializada.

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