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Reflexões sobre o panorama do envelhecimento

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No perfil do idoso, referências são feitas àquelas pessoas de sessenta anos de idade em diante, integrantes do grupo de ?vulneráveis?; um fenômeno crescente na atualidade, exigindo compreensão das suas famílias e ação dos poderes públicos, na cobrança de uma vida digna. A propósito, evidenciamos o dito por uma mensagem: ?Num certo Dia dos Pais, um jovem levou seu idoso pai a um bom restaurante, onde ocuparam uma mesa bem localizada. No decorrer do almoço o idoso apresentava um semblante de paz e felicidade, degustando sem pressa, sob o olhar complacente do filho orgulhoso por lhe proporcionar um dia diferente da sua rotina. Terminado o almoço, o filho, pacientemente, pegou o guardanapo do pai e, carinhosamente, e sem constrangimentos, passou a limpá-lo, visto a dificuldade de segurar os talheres. Na saída do restaurante, um dos presentes aproximou-se dos dois (pai e filho) e em voz alta falou para todos: sigamos o exemplo deste jovem, pela paciência e respeito como trata seu pai, evitando que o mesmo, por ser idoso, transforme-se num morto vivo. Parabéns, meu jovem, você nos deu uma lição de vida. Todos os presentes, de pé, o aplaudiram?. Não é fácil a integração no status de idoso, nem nas suas vantagens e, muito menos, nas suas mazelas, tristezas e desesperanças, de repercussão nas áreas sociais, econômicas, políticas e culturais da sociedade. A evolução do processo de envelhecimento é oriunda da atual organização demográfica mundial, onde nascem menos crianças, onde cresce a população adulta e idosa, proveniente da redução na taxa de natalidade e aumento de expectativa de vida. Ante a sensibilidade dos idosos e sua fragilidade física, há que se voltar a atenção para a qualidade de vida dos mesmos, considerados despossuídos, incapacitados e inaptos para o trabalho, impossibilitando-os para o cumprimento de seus deveres básicos de cidadania, muitos dos quais sendo encaminhados para asilos, na maioria das vezes inadequados, segregadores ou verdadeiros ?depósitos de velhos?. Convencido o idoso de sua desatualização no mercado de trabalho, tende a experimentar a tristeza de um desamparo cruel, uma realidade que contraria os direitos que lhe são assegurados pela nossa Constituição e Estatuto dos Idosos. Em sendo o envelhecimento um direito personalíssimo, há de se assegurar à pessoa idosa a vida e a saúde, permitindo-lhe uma velhice com dignidade e respeito. Comungamos com a filósofa francesa Simone de Beauvoir ao afirmar que a sociedade capitalista só se preocupa com os indivíduos enquanto produzem força de trabalho, daí, porque, segundo ela, os idosos são vistos como inúteis, improdutivos e incomodativos. Olhemos com maior responsabilidade para a realidade inexorável do envelhecer!

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