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A diferença entre o AVC e o aneurisma

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No último dia 29 de outubro foi comemorado o Dia Mundial do AVC, o Acidente Vascular Cerebral (AVC), conhecido popularmente como derrame. A doença que acomete os vasos sanguíneos do cérebro e é a segunda causa de morte no Brasil é também a primeira causa de incapacidade no Brasil e no mundo. Ele pode ser ocasionado tanto por uma obstrução dos vasos sanguíneos, que conhecemos como AVC isquêmico, como por uma ruptura destes, conhecido como AVC hemorrágico. Nas duas situações, a oxigenação do cérebro fica comprometida e o paciente vai apresentar sintomas que vão variar a depender da área afetada. Os principais fatores de risco para o AVC isquêmico são a hipertensão arterial sistêmica ou pressão alta, colesterol elevado, diabetes, sedentarismo, tabagismo, etilismo em excesso e algumas arritmias no coração como a fibrilação atrial. Já para o AVC hemorrágico, a principal causa é a hipertensão arterial sistêmica, no entanto o rompimento de aneurismas cerebrais também pode ocasioná-lo. Os sintomas de um AVC são de fácil reconhecimento e geralmente repentinos, como fraqueza ou dormência de um dos lados do corpo, dificuldade para falar ou entender o que está sendo dito, desvio da boca, alteração da visão ou desequilíbrio como a dificuldade de andar em linha reta. Em algumas situações o AVC pode ter como sintoma uma dor de cabeça súbita e explosiva, descrita por alguns pacientes como ?a pior dor de cabeça de suas vidas?. Nesta situação podemos estar diante de uma das causas importantes de AVC hemorrágico que a ruptura de um aneurisma cerebral. O aneurisma cerebral é uma dilatação de uma artéria intracraniana, tornando-a frágil e sujeita a rompimentos durante picos de pressão alta ou esforço físico. Se houver a ruptura, o sangue ficará nos espaços entre o cérebro e as membranas que o revestem, chamadas meninges. Por isso, o sangramento de um aneurisma cerebral é chamado também de hemorragia subaracnoidea (HSA). A maior parte dos aneurismas só manifesta sintomas quando rompe e, além da dor de cabeça intensa, podemos observar náuseas, vômitos e desmaio que pode chegar ao coma. A doença é grave, levando ao óbito em 50% dos casos devendo, portanto, ser identificada precocemente. Diante da mínima suspeita o paciente deve ser levado a um serviço de emergência. Os fatores de risco principais para o rompimento do aneurisma são: hipertensão arterial sistêmica, principalmente se não controlada, idade avançada, hereditariedade (parentes em primeiro grau) e tabagismo. Vale lembrar que por vezes os aneurismas cerebrais não causam sintomas e são encontrados nos exames de imagem que são realizados para investigação de outras doenças neurológicas. Nessa situação a melhor opção é procurar uma especialista na área de neurovascular e seguir suas orientações. Lembre-se sempre, o Acidente Vascular Cerebral tem prevenção e tratamento, cuide de sua saúde e consulte seu médico.

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