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Velho fantasma

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De acordo com a Conferência Regional da ONU para Alimentação e Agricultura, a FAO, a fome, o sobrepeso e a obesidade, a pobreza rural, as ameaças à agricultura pelas mudanças climáticas e a piora nas condições do meio ambiente são problemas que acometem a região da América Latina e Caribe. Segundo a entidade, depois de décadas a fome voltou a crescer na região. Entre 2015 e 2016, mais 2,4 milhões de pessoas entraram nessa situação, totalizando 42,5 milhões de cidadãos sem alimentação adequada. Como diz uma conhecida canção, ?pelos campos há fome em grandes plantações?. A pobreza rural atinge quase metade das pessoas nessas áreas, de acordo com a FAO, que está realizando esta semana um encontro para discutir a questão. Para a entidade, é preciso inovar nas políticas públicas, revitalizar territórios rurais, renovar estratégias de desenvolvimento rural e reduzir desigualdades. Embora os níveis da fome permaneçam baixos na América Latina e no Caribe em comparação com o resto do mundo em desenvolvimento, há sinais claros de que a situação está se deteriorando. Esse declínio é particularmente forte na América do Sul, onde a fome cresceu de 5%, em 2015, para 5,6%, em 2016, o que representa a maior parte do aumento da fome na região. Ressalte-se que, nos últimos anos, a América Latina foi líder mundial na redução da fome. Agora, segundo os dados da FAO, a tendência está se invertendo. A desaceleração econômica da região, resultado da queda dos preços das commodities que a região exporta e encolhimento econômico global, tem impactado a segurança alimentar. O caso mais grave é o da Venezuela, mergulhada numa gravíssima crise econômica, política e social. No Brasil, após um período de crescimento, em que muitas famílias ascenderam economicamente, o País experimentou uma profunda recessão, que só agora começa a dar sinais de recuperação. A contração econômica impacta o emprego e a renda das pessoas. Além disso, afeta as receitas fiscais, com os consequentes ajustes que reduzem a capacidade dos governos de manter sistemas de proteção às famílias em situação de pobreza e vulnerabilidade. O combate à fome e à desigualdade deve ser prioridade absoluta de todos os governos, para que todos possam viver com um mínimo de dignidade.

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