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Nº 5790
Opinião

Culpado ou inocente

Um advogado de defesa que não defende a inocência do réu perante o juiz e tão pouco propõe atenuantes. Um advogado de defesa que, ao contrário, reconhece perante o juiz que o réu é culpado. O que você faria com tal advogado? Se pensou em despedi-lo p

Por | Edição do dia 12/04/2018 - Matéria atualizada em 12/04/2018 às 00h00

Um advogado de defesa que não defende a inocência do réu perante o juiz e tão pouco propõe atenuantes. Um advogado de defesa que, ao contrário, reconhece perante o juiz que o réu é culpado. O que você faria com tal advogado? Se pensou em despedi-lo por incompetência ou traição, você acaba de dispensar os serviços de Jesus Cristo, aquele que nos defende junto ao Santo e Justo Juiz, conforme escreve o apóstolo João: – “Filhinhos, esta coisa vos escrevo para que não pequeis. Porém, se alguém pecar, temos um Advogado a nos defender junto ao Pai do céu: é Jesus Cristo, que não tem nenhuma culpa. Porque é por meio do próprio Jesus Cristo que os nossos pecados são perdoados”. Esse nosso Advogado santo sabe que não somos inocentes e não faz nenhum esforço para achar em nós mesmos desculpas atenuantes para o fato de termos pecado. Não procura defender-nos baseado em nossas boas intenções ou boas ações. Ao contrário, ele faz a única coisa possível para a nossa absolvição diante do juiz santo e justo. Ele apresenta a sua vida e sua obra como base de nossa absolvição. Sua vida santa em obediência perfeita aos mandamentos de Deus e sua morte, derramando o seu sangue inocente em pagamento pelos pecados, credenciam-no como o melhor, o único e perfeito Advogado dos pecadores junto ao Criador. Por isso, não precisamos esconder nossos pecados de Deus nem procurar desculpas, pois, como escreve o apóstolo João: “Se confessarmos os nossos pecados a Deus, ele cumprirá a sua promessa e fará o que é justo: perdoará os nossos pecados e nos limpará de toda a maldade”. “Se dissermos que não temos pecado, estamos enganando a nossa própria consciência, e a luz da verdade de Deus ainda não brilha purificadora em nossos corações”. Por outro lado, receber o perdão gratuito de Deus não nos dá o direito de pensar e tratar levianamente a questão do pecado em nosso viver, pois fomos perdoados “para não pecar mais”. O apóstolo Pedro ensina: “Sejam obedientes a Deus e não deixem que as suas vidas sejam dominadas por desejos contrários à fé cristã. Ao contrário, sejam santos em tudo o que fizerem, assim como Deus, que os perdoou, é santo”. Lembrando que esse viver santo não é apenas uma questão de religiosidade, mas de vida diária, em todas as dimensões e vocações do meu viver. Ninguém está acima da Lei de Deus, nem tão pouco escapa de seu julgamento. Reconhecer pecado e culpa perante Deus é reconhecê-lo em minha relação com o mundo de Deus, e então em arrependimento e fé, corrigir o mal em mim, e andar pelos caminhos da retidão e da justiça que procedem de Deus. Isso inclui o dever de reparação dos prejuízos causados e arcar com as consequências de meus atos indevidos. Essa é a verdadeira cidadania cristã e santidade da vida.

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