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O Poxim antigamente e seus 300 anos

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A vila real de São José do Poxim do sul foi uma das bases da civilização alagoana que hoje está sendo redescoberta através de documentos autênticos dos séculos XVII, XVIII e XIX, encontrados nos arquivos do instituto histórico de Alagoas, caixa 3, na torre do tombo, em Lisboa, do rio, de Salvador com informações valiosas. O livro-documentário-vila real de São José do Poxim do sul, de autoria do professor João Ribeiro de Lemos, traz a memória cultural e artística do Poxim e busca resgatar os valores do passado desta terra e de seu povo. Quem passa pelo Poxim, com sua igreja, suas ruas sinuosas, seus casarões, seu acervo de imagens seculares, não acredita que este pequeno povoado tenha tido no passado remoto seus momentos de glória, ao lado de Penedo, Porto calvo e santa Maria Madalena da lagoa do sul, hoje Marechal Deodoro e outros. A história é essencialmente dinâmica e se revela pouco aos olhos do pesquisador atencioso. A história não tem ponto final, está sempre revelando o seu passado, e se projetando no futuro. O passado do Poxim não está relatado nestes adendos. A segunda edição do livro Vila Real de São João do Poxim do Sul, terá um complemento que irá mergulhar fundo na história do passado do Poxim, hoje um pequeno povoado de Coruripe, mas guardando sua glória passada. Nosso objetivo com este adendo é trabalhar cada documento, dar-lhe a autêntica hermenêutica dentro de uma conjuntura da ciência histórica. Buscar situar este acervo documental no passado remoto do Poxim e recuperar o elo da história poxiense, de seu passado aos dias atuais, é o que tentaremos trabalhar nessa segunda edição do livro-documentário-Vila Real de São José do Poxim do Sul, lugar de turismo ainda pouco frequentado. A pesquisa, graças à organização técnica do Acervo do Instituto Histórico de Alagoas e Pernambuco, hoje facilita a qualquer pesquisador trabalhar o passado da nossa história. Lembro de que se servia na época do padroado, quando a igreja e estado caminhavam juntos. Apache na época era a igreja criada a paróquia e depois o estado criar a vila. E foi o que aconteceu, a igreja cria a paróquia e, ato contínuo, o estado cria a vila, implanta o Pelourinho. Já em 1718 foi criada a paróquia pelo poder episcopal, seguindo-se a elevação do postinho a vila. Quando da expulsão dos Holandeses de Pernambuco em 27 de janeiro de 1654, há uma nota proveniente da Paróquia de São Lourenço da Mata, cidade, na época contígua ao Recife, que o Poxim, situado na rota do camarão, que partida de Santa Maria Madalena, hoje Marechal Deodoro a Vila do Penedo, era a capela da Paróquia de São Lourenço da Mata e tinha como Padroeira a Madre de Deus, muito venerado até hoje no Recife na Catedral de Olinda e Recife. Hoje dada distância é difícil de entender. Certo tempo depois, o Poxim passou até com Padroeiro São José, até os dias se hoje, quando no dia 19 de cada mês há uma homenagem especial a São José por cada comunidade. No dia 19 de janeiro de 2018, o postinho celebrou seus trezentos anos como vila, numa grande comemoração ao cair da noite, na praça de São José do, frente a igreja, devidamente ornamentada. Chama-se Vila Real por ter saído da ?mesa real?, sendo, portanto propriedade do Rei de Portugal arcar com os gastos nas construções da igreja, das escolas públicas, da cadeia pública, da casa de governo, do mercado público e do quartel, em compensação os habitantes de Potim julgaram fidelidade ao Rei de Portugal e ao Imperador primeiro e não participaram de revoltas. Foi quebrado esse juramento com a Proclamação da República.

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