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terça-feira, 24/06/2025 | Ano | Nº 5995
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A Ascensão do Senhor

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A Igreja celebrou no domingo a Ascensão do Senhor: Ele não somente foi ressuscitado pelo Pai, que derramou sobre Ele o Espírito Santo, mas também recebeu do Pai, como verdadeiro homem (no Seu corpo e na Sua alma humana), todo o poder no céu e na terra. Cristo Jesus, ao ressuscitar, saiu da morte e entrou na Glória do Pai. Ressurreição e Ascensão são dois momentos, dois aspectos de um único acontecimento: a glorificação do Cristo feito homem e entregue à morte. Jesus não ressuscita, passando quarenta dias aqui na terra e, somente depois, indo para o Pai. Ele já ressuscita no Pai, Sua Páscoa é, precisamente, passar deste mundo, atravessando o vale da morte, para entrar no Pai, saindo da morte. O que os Atos dos Apóstolos narram no seu capítulo I, não é a ida de Jesus ao Pai, mas a despedida solene do Senhor, o fim daquele período de encontros do Ressuscitado, glorificado com o Pai, com os Seus discípulos logo após a Ressurreição. Qual a diferença entre a Ressurreição e a Ascensão? Na Ressurreição, contemplamos o Cristo totalmente glorificado pelo Pai na força do Espírito. Na Ascensão, contemplamos esse Glorificado como entronizado com todo o poder no céu e na terra constituído Senhor do universo, Senhor da história, Senhor da nossa vida. É isto que a Escritura e a Tradição querem dizer ao afirmar, metaforicamente, que Ele está ?sentado à direita de Deus Pai?: Ele tem o mesmo poder do Pai, recebeu o senhorio sobre tudo. A Escritura exprime isto afirmando que Jesus ?foi elevado ao céu? e ?uma nuvem O encobriu, de forma que seus olhos não podiam mais vê-Lo?. Não pensemos aqui numa subida espacial: ?subir?, aqui, tem um sentido qualitativo: subiu para uma Vida superior, para uma plenitude que não é deste mundo. Ele, agora, está totalmente imerso no mundo de Deus. É este o significado da nuvem que O encobre. Mas, a partida de Jesus não é um afastamento de nós. Ele estará, para sempre, interior e realmente, presente no coração da Igreja e de cada fiel através da potência do Seu Espírito Santo. Na glória, sentado à direita do Pai, Ele agirá sempre como ?Cabeça da Igreja, que é Seu corpo?, vivificando-a, sustentando-a, e conduzindo-a sempre mais a Ele. Assim, Leitor, se você é cristão, não tenha medo! Ainda que com os olhos da carne não possamos contemplar o Senhor, sustentados pelo Espírito Santo e com os olhos da fé, temos a certeza que este mundo e nossa vida têm um sentido e são conduzidos pelo Crucificado que foi glorificado à direita do Pai. Sejamos fiéis ao Senhor, fortalecidos pela esperança que a festa de hoje suscita em nós. É assim que, com nosso modo de viver, de agir e reagir, de atuar e esperar, glorificaremos o Cristo, bendito para sempre.

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