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Santo Antônio e os namorados

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No próximo dia 12 de junho os jovens comemoram o Dia dos Namorados. No dia 13, bem ao lado, é dedicado ao protetor deles, o santo glorioso Santo Antônio. Essa data marca muito a minha vida porque era tradição, desde a minha infância, comemorar a Trezena do Santo. Desde os meus avós, continuando pelos meus pais, lá no Parque Gonçalves Lêdo, tendo como mestres de cerimônia meus saudosos irmãos Mário Hélio, Maria Hely e Márcio Humberto era uma reunião encantadora. A casa ficava repleta dos parentes e amigos, dos quais muitos ainda conservo. Foi numa festa do dia dos namorados que conheci minha esposa Myrza, que por coincidência era o dia do seu aniversário. E, graças a Deus, somos muito felizes até hoje. É que amar é diferente de gostar. Reparem que o Cristo não nos manda gostar, mas amar uns aos outros. Esse é o grande problema nos dias de hoje em que o desamor fica cada vez mais acentuado pela falta de espiritualidade das pessoas. No mundo atual em que esse amor deveria existir como meta prioritária entre os jovens namorados e entre os casais, o sexo é destacado como primordial antes de tudo. Entre os adolescentes o hábito de ?ficar e ficou? tem causado momentos de prazer e angústia ao mesmo tempo, quando eles caem na realidade e surge uma gravidez não programada. Segundo Eric From, o verdadeiro amor tem um sentido de solidariedade, de participação, de companheirismo, compreensão e paciência. Esse poder sobre o amor não só entre jovens como também em adultos, decorre de uma forma muito peculiar, de uma corrente misteriosa que atrai um e outro e que deve ser mantida e cultivada. Daí Santo Antônio ficar atarantado com tantos pedidos partido principalmente das mulheres, para que seus noivados e casamentos se perpetuem dentro dessa lógica. Como namorados é necessário ?construir o amor?, como casados é necessário conservá-lo. Ao falar nesse assunto lembrei-me de um conto milenar: havia um pássaro muito especial no Japão que se chamava Hyoku. Os antigos guardavam sua história com uma verdadeira lição para os homens de qualquer época. Segundo a lenda, o Hyoku era um pássaro que nascia com uma só asa. Assim, desde o instante de seu nascimento, ele buscava encontrar a outra metade para unir-se a ela, completando-se para conseguir sua realização como pássaro: voar. Enquanto não encontrasse sua outra metade ele não seria efetivamente um pássaro, mas meio. A lenda de Hyoku traz uma profunda lição para nós: um ser só é completo quando é metade de alguém. Pena que ao contrário do Hyoku, muitas pessoas, ao invés de buscar a metade que as realize, acabam na ilusão do poder, do egoísmo, do egocentrismo, reduzindo sua vida ao meio. Incapazes de se darem a alguém, não conseguem nunca se completar como seres humanos de fato. Passam pela vida sendo apenas metade de gente. Felicidades para os namorados da minha terra e que realizem seus sonhos de vida a dois.

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