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Pesquisas paralisadas

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Caso o governo federal mantenha a proposta orçamentária prevista para 2019, a pesquisa brasileira sofrerá uma série de prejuízos. Um possível corte na verba da Capes pode fazer que o dinheiro para pagar bolsas de pesquisa e formação de docentes acabe a partir de agosto do ano que vem, além de interromper programas. Ao todo, a instituição estima que 200 mil bolsas podem ser suspensas, entre as quais 93 mil de pós-graduação (mestrado, doutorado e pós-doutorado) e outras 105 mil de programas de formação de professores. A Capes é uma fundação ligada ao Ministério da Educação e um dos principais órgãos públicos responsáveis pelo fomento de pesquisas em nível de pós-graduação no Brasil. Seu Conselho Superior é composto por representantes do governo e de entidades empresariais e acadêmicas. A situação preocupante levou o presidente da entidade, sociólogo Abílio Neves, a enviar uma nota ao Ministério da Educação alertando para as consequências nefastas caso a proposta orçamentária seja mantida. Cientistas e acadêmicos reagiram com preocupação a essa possibilidade. O corte de bolsas poderá significar a paralisação de pesquisas em andamento no Brasil e um grande retrocesso na ciência brasileira. Não é de hoje que a ciência brasileira tem sido pouco valorizada pelo governo. Nos últimos anos, o orçamento do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicação vem sofrendo cortes que afetam toda a pesquisa feita no País. No início de fevereiro deste ano, por exemplo, o Ministério do Planejamento anunciou um contingenciamento de R$ 16,2 bilhões no Orçamento da União previsto para 2018. Enquanto isso, a maioria dos países desenvolvidos e aqueles que buscam escapar do subdesenvolvimento entenderam essa regra e investem na formulação de políticas voltadas a incentivar e acelerar as áreas de pesquisa, desenvolvimento e inovação industrial. O fato é que os constantes cortes de recursos para a área de ciência e tecnologia feitos pelo governo federal estão levando a produção científica brasileira a um estado terminal. A interrupção de pesquisas acelerando o êxodo de cérebros. Muitos cientistas brasileiros acabam buscando espaço em outros países. Tudo isso gera uma lacuna que vai prejudicar o Brasil por décadas.

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