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A vida é bela

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Sim! A vida é bela e santa porquanto é projeto e dom de Deus. E essa beleza e santidade perpassam o tempo e os anos de vida. Do ponto de vista de Deus, você já foi identificado, conhecido e amado, mesmo antes de seu nascimento, desde o ventre de sua mãe. Esse fantástico conceito a respeito da vida é milenar. Escreveu o salmista, séculos antes do nascimento de Cristo: ? ?Graças te dou, ó Deus, visto que de modo assombrosamente maravilhoso me formaste; tu me teceste no ventre de minha mãe. Os teus olhos viram a minha substância ainda informe, e no teu livro foram escritos todos os meus dias, cada um deles escrito e determinado, quando nem um deles ainda existia?. Portanto, você é você, é ser humano, tem uma identidade e uma eternidade antes mesmo de nascer. O filho de Zacarias e Isabel, que veio a ser o grande profeta João Batista, era cheio do Espírito Santo desde o ventre de sua mãe. Pais tementes a Deus, transmitem sua espiritualidade e fé a seus filhos já no ventre da mãe. Assim que, quando os pais oram e cantam louvores a Deus, também o bebê no ventre da mãe ora e canta. Cuidar da boa gestação dessa criança e trazê-la à vida é um ato sublime e sagrado, e jamais deve ser solitário. Por isso, instituiu Deus o matrimônio, para que nenhuma criança venha assim de repente e sem amparo e aconchego amoroso de um pai e uma mãe. Diante de toda essa santidade, beleza e bênção, não deveríamos nem discutir a hipótese do aborto provocado, a não ser que se trate de um procedimento médico necessário para evitar a morte da mãe. E aqui poder-se-ia incluir o caso de gravidez por estupro violento, em que a vida psíquica, emocional e afetiva da mulher foi violentada. Considerando, porém, a desestruturação familiar e desregramento social dos dias atuais, cabe ao Estado, primeiro, promover políticas sérias de educação e proteção, especialmente dos adolescentes, para evitar a gravidez precoce e indevida. E, em segundo, regulamentar a questão do aborto, para que as gestantes, em caso de opção pessoal ou familiar pelo aborto, encontrem amparo, cuidados médicos, psicológicos, legais e até mesmo espiritual, antes e depois. Pois, do ponto de vista do mandamento de Deus, que estabelece o direito à vida, o aborto pode acarretar dolorosas consequências psicoemocionais e espirituais. Sem contar que abortos realizados de forma indevida acarretam riscos de vida e danos à saúde da gestante. Portanto, embora do ponto de vista ético-cristão não possamos compactuar com o aborto provocado para evitar um mal maior, o Estado tem o direito e, talvez, o dever de regulamentá-lo. Isso, no entanto, não exime a cada um de nós de, em respeito ao Criador e obediência ao mandamento da vida, construir uma cultura de proteção àquele ser, que não tem como se defender e necessita de nosso amor e cuidado.

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