app-icon

Baixe o nosso app Gazeta de Alagoas de graça!

Baixar
Nº 5905
Opinião

Entre o bem e o mal

O Brasil assiste comovido pela televisão a cenas emocionantes de assassinatos de jovens causados por adolescentes drogados roubando celulares ou assaltos diversos. Isso tem representado uma verdadeira epidemia no Brasil atual. Sempre existiu e cada vez au

Por | Edição do dia 18/08/2018 - Matéria atualizada em 18/08/2018 às 00h00

O Brasil assiste comovido pela televisão a cenas emocionantes de assassinatos de jovens causados por adolescentes drogados roubando celulares ou assaltos diversos. Isso tem representado uma verdadeira epidemia no Brasil atual. Sempre existiu e cada vez aumenta mais o número de indivíduos psicopatas, frutos de uma infância atormentada na maioria das vezes. Os que buscam na maldade o prazer, o delírio, certos de que nos atos de barbarismo e de maldade que praticam está um herói. Vemos, a todo momento espalhados pelo Brasil, principalmente no Rio de Janeiro e em São Paulo, uma elevadíssima incidência de assassinatos. O comportamento e a mente desses seres humanos têm sido estudados exaustivamente para que se possa concluir o porquê dessas atitudes. Segundo o grande psicólogo Victor Franklin, dentro de todo homem existe “a vontade de sentido ou de significado”, ou seja, o desejo de descobrir o porquê da vida. Segundo o mesmo psicólogo, a não realização desse desejo produz a neurose (doença do século). A Segunda Guerra Mundial veio mostrar a que ponto chega a maldade humana. Um psicopata chamado Hitler, com ânsia de poder, de dominar o mundo, levou à morte 6 milhões de judeus das formas mais perversas possíveis. Dostoiévski dizia: “o segredo da existência humana consiste não apenas em viver, mas também construir um motivo para viver”. É assim a vida. Enquanto há um número imenso de pessoas que vivem pensando no bem do seu próximo, outras existem proliferando de forma impressionante, como os mafiosos, os traficantes, os sequestradores, os bandidos profissionais e um número ilimitado de gente que só vive pensando no mal, envolvidos pela destruição, pelo dinheiro sujo, espalhando por onde passam lágrimas e sofrimento. O bem e o mal continuam lutando como forças antagônicas, porque o homem de ontem é o homem de hoje e será o de amanhã. Seus conflitos interiores, seus complexos, seus dramas de consciência e sem um rumo que lhe deem sentido à vida. O mundo só será feliz no dia em que a humanidade se conscientizar que a vida é uma passagem e que nesta caminhada o indivíduo tem que ter um espírito elevado, solidário em relação ao seu próximo. É bíblico – “aquilo que você planta, você colhe”. Vivemos num planeta permeado por conflitos. A sociedade atual é adrenalizada, embasada no medo, na violência, na injustiça, em que há a projeção de um deus mesquinho que é o dinheiro como meio provedor de nossas necessidades. Convivência difícil está a do mundo moderno, entre povos e nações. Concluímos que o homem se afasta de si próprio, buscando no materialismo, na ânsia do ganho fácil, do prazer desenfreado, uma possível solução interior. Engana-se, a si próprio, porque tudo que você planta tem o seu retorno. Assistimos entristecidos, no mundo atual, ao paradoxo de uma civilização angustiada. Só nos resta esperar pela paz. Esperar é viver.

Mais matérias
desta edição