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Opinião

“Dai a César o que é de César!”

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Somos sempre de novo tentados a separar a vida religiosa da vida cotidiana. A viver a cidadania celestial desvinculada da cidadania terrena. A considerar sagrado o dinheiro dado à igreja por meio de ofertas, e profano, o dinheiro dado ao governo por meio de impostos. No entanto, tudo na vida é concessão Divina. É dom de Deus. Arrendamento para propósitos sagrados. Assim também o dinheiro. A própria autoridade faz parte da administração de Deus para o nosso bem. Portanto, o imposto devido ao governo, não é menos sagrado que a oferta à igreja. Por meio dos impostos o governo presta serviços em benefício da sociedade e isso é serviço de Deus. Significa que ao cumprir meu dever civil de pagar impostos eu estou cumprindo o dever sagrado de amor ao próximo. E assim, o imposto também é oferta e estou também dando a Deus o que é de Deus. Porque é Deus quem age em todos e por meio de todos. A Deus devo toda honra, respeito e obediência. O 4º mandamento da Lei de Deus me pede que igualmente eu honre, respeite e obedeça a meus pais e superiores. Aí se incluem as autoridades a quem devo, como a meus pais, honra, respeito, obediência, porque elas são instituição divina para o nosso bem. Jesus expressa aqui a ética do Reino de Deus. Quem é de Deus coloca tudo nas mãos de Deus. Quem é de Deus serve a Deus com dedicação, honestidade, participação em todas as esferas da vida, contribuindo para a boa ordem social e o bem de todos. O apóstolo Paulo, na sua Carta aos Romanos, faz eco a essa ordenação de Cristo, dizendo: ?Paguem ao governo o que é devido. Paguem todos os seus impostos e respeitem e honrem todas as autoridades.? Por outro lado, a Palavra de Deus também tem parâmetros para os que governam e detêm autoridade sobre os povos: No livro de Provérbios lemos: ?Quando o governo é justo, o país tem segurança; mas, quando o governo cobra impostos demais, a nação acaba na desgraça.? Imposto que não retorna em benefícios básicos à população é usurpação. ?Deus é o Deus dos humildes, o auxiliar dos pequenos, o amparo dos fracos, o protetor dos repudiados, o Salvador dos desesperados? e esta deve ser exatamente a identidade e atitude de um bom governante. Dar a César o que é de César compreende também cobrar dos governantes o bom uso de tudo o que arrecadam. Um bom governo se faz ouvindo as reivindicações sociais. E, reivindicar, especialmente em defesa dos mais fracos e desamparados é também um dever cristão, é dar a Deus o que é de Deus, através de engajamento e participação social e política. Portanto, honremos a Deus, cobrando de nossos governantes os serviços que eles devem ao povo, em nome de Deus.

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