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De Xangai à Muralha da China

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| RUBENS VILLAR * Mais de trinta anos de viagens pelo mundo não me considero um turista. Normalmente sou um viajante solitário. Zero em matemática, sou estudioso da geopolítica com o mapa-múndi na cabeça. Com um pouco de inglês, francês e portunhol, tenho prazer, curto numa boa, viajar só. Me viro em ônibus, trens e metrôs, a exemplo de Moscou, onde, sem saber uma palavra de russo, ao me perder nos subterrâneos das estações de mármore e cristal daquela cidade, simplesmente vinha à tona, subindo uma escada rolante de mais de 50 metros de altura e tomava um táxi direto ao hotel. Há 10 anos passados, ingressei na China por Hong Kong, antiga província dominada pelo Império Britânico. Depois Xangai, na China continental, uma megalópole de 20 milhões de habitantes, a maior cidade do país, situada às margens do Oceano Pacífico. Na adolescência lia muito Pearl S. Buck uma extraordinária escritora americana que viveu sua infância na cidade e depois tornou-se embaixadora do seu país na China. Xangai é um dos maiores portos marítimos da Ásia. Grande centro financeiro com inúmeros bancos, comércio intenso e enormes edifícios empresariais. Sede de muitas embaixadas e representações estrangeiras sempre foi mais aberta ao Ocidente do que Pequim, a capital oficial do país. Quando dos jogos olímpicos, via TV, notamos como Pequim sofreu tremendas modificações, incorporando à sua paisagem o ninho do pássaro, belíssimo estádio sede da maioria dos jogos, o cubo d'água, onde o nadador americano Michael Phelps tornou-se, com suas oito medalhas, uma lenda viva. A Avenida Chagan, antes um mar de bicicletas e triciclos, tornou-se uma passarela para luxuosos Mercedes, Audis, BMWs, ao lado dos pequeninos carros chineses, que certamente invadirão o mundo. Ano passado o engenheiro alagoano Luiz Villar, presidente do Grupo Votorantin Cimentos, ao lado do dr. José Ermírio de Moraes Neto, telefonava: Rubens, estamos a mil km de Pequim, no interior da China, fazendo estudos para implantar fábrica de cimento. É impressionante o desenvolvimento deste país. Visitei a famosa Muralha da China, que passa a 40 km de Pequim. Ela nasce em Xangai, vem subindo montanhas, descendo vales, atravesando povoados, vilas, desertos, indo para o norte, com 5 mil km de extensão. Construída para defender seu povo das hordas bárbaras, a Grande Muralha, é hoje, símbolo do país e marco do turismo internacional. (*) É ex-deputado, ex-senador e ex-governador de Roraima.

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