Opinião
Por falar em emprego...

O ministro do Trabalho, Jaques Wagner, acaba de anunciar, para ainda este mês, o lançamento do programa Primeiro Emprego, destinado a atender, inicialmente, cerca de 200 mil jovens em todo o País. O mesmo programa chegou a ser propagado como fato mais importante das comemorações que seriam realizadas para marcar o primeiro Dia Internacional do Trabalho (1o de maio) do governo Lula. Seja qual for a data do lançamento oficial do que deve ser o maior programa do novo governo, junto com o Fome Zero, o que mais interessa à nação, e especialmente à parcela mais sofrida da população, é que ele seja efetivamente realizado. É claro que o sucesso desse novo programa, cujo custo é estimado em R$ 500 milhões, vai depender, como o próprio ministro já disse, do convencimento e da adesão do empresariado. Este segmento, por sua vez, espera contar com a participação decisiva do governo, que está garantindo incentivos ou renúncia fiscal, ainda não definidos, para baratear a contratação de jovens sem experiência. Além disso, as micro, pequenas e grandes empresas necessitam de outras formas de apoio, a fim de desenvolver seus planos de acordo com suas melhores expectativas e as necessidades de o País retomar o desenvolvimento econômico e social. O que é difícil, por causa das dificuldades resultantes de vários fatores, entre os quais destacamos a elevada carga tributária e as altas taxas de juros. Como, segundo o próprio ministro, essa é uma meta dividida com o empresariado, o governo não poderá deixar de proporcionar os meios necessários para os empregadores facilitarem o ingresso de jovens de 16 a 24 anos no mercado de trabalho. Também de manterem os atuais empregos e ter condições de oferecer oportunidades de trabalho suficientes para as pessoas de outras faixas etárias, espalhadas pelo País, das cidades às povoações rurais. São milhares de brasileiros que fazem parte do impressionante contingente dos sem-trabalho que, como mostram as estatísticas, só tem aumentado nos últimos anos. Inclusive nas regiões economicamente mais desenvolvidas do País e tradicionalmente melhor assistidas pela União, como o Sudeste e o Sul.