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Nº 5822
Opinião

Ainda a inseguran�a

O ministro da Justiça, Mário Thomaz Bastos abriu, ontem, a Semana de Segurança, na Câmara dos Deputados, dizendo que a luta contra a violência deve desenvolver esforços do Executivo, Legislativo e Judiciário. Justamente quando a nação se sente mais temero

Por | Edição do dia 25/06/2003 - Matéria atualizada em 25/06/2003 às 00h00

O ministro da Justiça, Mário Thomaz Bastos abriu, ontem, a Semana de Segurança, na Câmara dos Deputados, dizendo que a luta contra a violência deve desenvolver esforços do Executivo, Legislativo e Judiciário. Justamente quando a nação se sente mais temerosa diante do aumento de vários tipos de crimes, principalmente de assassinatos a tiros. E até um dos filhos do presidente da República tem um se seus segurança morto e outro ferido à bala. A união dos poderes constituídos sempre foi defendida por especialistas e também simples cidadãos como indispensável para o enfrentamento de desafios como o da criminalidade no País. Ela passou a ser mais necessária nos últimos anos devido aos números cada vez mais assustadores de vítimas de vários tipos de crimes, principalmente homicídios. O próprio ministro admitiu, também ontem, que já estamos entre os países mais violentos do mundo em relação a este item. Ele mesmo ainda declarou que algumas cidades brasileiras, como o Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte já gastam 5% do seu Produto Interno Bruto (PIB) com a violência. Só o gasto anual das três metrópoles chega a R$ 12,8 bilhões. Há poucos dias, e neste espaço, comentamos sobre a questão da segurança pública. Chegamos a citar alguns dados divulgados pela revista Rumos, de fevereiro deste ano, relacionados ao impacto do fenômeno da violência em nossa economia. Dos desperdícios de recursos às dificuldades para atrair investimentos, enquanto crescem os números de vítimas, principalmente da população jovem. A mesma publicação mostra que, em 2001, nada menos que USS$ 112 bilhões em dinheiro público e privado foram gastos em mais penitenciárias, mais policiais, mais guardas particulares, mais grades, mais seguros. “Ao que tudo indica, não tem funcionado. A população se sente mais insegura, o empresariado nacional tem cada vez mais gastos e o investidor estrangeiro tem na violência um fator de peso na hora da decisão...” Como vemos, o Brasil está vivendo uma situação complicadíssima no campo da segurança pública. Que não será modificada para melhor se as instituições públicas e cada um dos cidadãos não se unirem na busca das soluções ideais, que não surgirão apenas com discursos e boas intenções.

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