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Nº 5759
Opinião

Ano centen�rio

DOM JOSÉ CARLOS MELO, CM * É muito comum, em nosso meio cristão, o agradecimento a Deus por mais uma data comemorativa, mas existem momentos que são especiais e, certamente, no decurso da vida, só nos é permitida esta comemoração uma única vez, como por

Por | Edição do dia 13/07/2003 - Matéria atualizada em 13/07/2003 às 00h00

DOM JOSÉ CARLOS MELO, CM * É muito comum, em nosso meio cristão, o agradecimento a Deus por mais uma data comemorativa, mas existem momentos que são especiais e, certamente, no decurso da vida, só nos é permitida esta comemoração uma única vez, como por exemplo, 100 anos de história. As súplicas que fazemos a Deus, com freqüência e normalmente, são acompanhadas de um sentimento de gratidão, e, necessariamente, só é capaz de agradecer quem compreende o mistério insondável do “Amor”. Em suas contemplações sobre as experiências de João Evangelista, o Discípulo Amado, quem melhor traduz a palavra “Amor”, é Santo Agostinho, ao falar da Santíssima Trindade: “O Pai é o eterno amante, o Filho é o eterno amado e o Espírito Santo é o amor do eterno amante pelo eterno amado”. Todo homem e cada organização na sociedade tem uma página reservada na história, ao celebrar o aniversário natalício ou sua fundação. Sua atuação na história mostra aos outros a coragem dos pioneiros e a perseverança dos continuadores da obra. Desde o Jubileu do ano 2000 até os dias atuais, vivemos momentos significativos para a Igreja Particular de Maceió. A Diocese de Alagoas completou 100 anos de existência. A solenidade marcou a presença viva da Igreja em nossa terra e nos fez recordar saudosamente seu primeiro pastor, dom Antônio Brandão, ponto de referência no meu episcopado e sobre seu sólio suplico ao Senhor coragem e perseverança para continuar minha missão de pastor. Ainda no ano passado, celebrávamos também os cem anos do nosso Seminário Provincial de Maceió, fundado graças ao dinamismo e espírito empreendedor de dom Antônio Brandão. É a casa de formação sacerdotal que acolheu e orientou muitos homens ilustres, formou sacerdotes cultos e santos que honram a Igreja em Alagoas. Neste ano, celebramos dois eventos importantes em nossa arquidiocese. O Colégio Santíssimo Sacramento comemora 100 anos de atuação na pastoral da educação, com coragem e heroísmo. Confiado e dirigido com eficiência pelas religiosas do Santíssimo Sacramento, oriundas da França, que aqui chegaram para contribuir com a ação evangelizadora da Igreja, à luz do carisma do padre Pierre Vignne, seu fundador, formando a juventude para atuar na sociedade em vários ofícios e segmentos. O segundo evento é a comemoração dos 100 anos da chegada das Irmãs dos Pobres de Santa Catarina de Sena, vindas da Itália, sob a proteção de sua madre fundadora, a beata Savina Petrilli, que chegaram em terras brasileiras em Belém, no Estado do Pará. Em seguida, vieram para o Nordeste, chegando a Maceió para trabalhar no Colégio de São José, onde atuam com zelo e eficiência e assumindo outras atividades pastorais segundo seu carisma. Dentro do contexto do Ano Vocacional, apresento às Irmãs Sacramentinas, representadas pelas suas superioras irmã Elza e irmã Antonina, e às Irmãs dos Pobres de Santa Catarina, representadas por irmã Maria e irmã Ione Carvalho, o reconhecimento e agradecimento do arcebispo e da Arquidiocese de Maceió, invocando as bênçãos do Senhor e a proteção de Nossa Sra. dos Prazeres. Enfim, não podemos deixar de fazer memória às irmãs pioneiras das duas instituições religiosas, cujos nomes estão gravados na história de Alagoas. (*) É ARCEBISPO METROPOLITANO DE MACEIÓ

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