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quarta-feira, 02/07/2025 | Ano | Nº 6000
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Opinião

Desafios do presente

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DOM FERNANDO IÓRIO * Na ?Novo Millenio Ineunte? assegura João Paulo II que é urgente ?levar o anúncio de Cristo às pessoas, plasmar as comunidades e permear, em profundidade, a sociedade e a cultura, através do testemunho dos valores evangélicos? (NMI,29). São, portanto, três os níveis que desafiam a nossa pastoral: a Pessoa, a Comunidade e a Sociedade. A valorização das pessoas é exigência de inestimável momento de procura da auto-estima. Nossa pastoral eclesial não pode ficar alheia à valorização da pessoa, como pessoa. Faz-se urgente dar atenção aos dons e aos valores de cada ser humano. Necessitamos de ?atendimento personalizado?, não procurando clientela, senão assumindo o contacto pessoal, como fundamento do novo repensar pastoral. Precisamos de apresentar a cada diferente o amor ilimitado e incondicional de Deus para cada um de seus filhos. Nossa acolhida pastoral caminha à procura da diversificação para atender a diversidade das pessoas. Pertinente se torna o questionamento: será que nossa pedagogia pastoral se inspira na prática pedagógica de Jesus que dialogava com todos os diferentes, valorizando-os? E a comunidade? Atualmente, o verbete comunidade não possui significação unívoca. A vida das grandes cidades, os processos de comunicação de massa desagregaram os laços comunitários, criando formas diversas de individualismo, de anonimato e até mesmo de anomia. Na modernidade, ou pós, baseiam-se as relações sociais em afinidades de interesses, de escolhas, de decisões. A atmosfera urbana torna as pessoas, supostamente, livres, dentro da estrutura básica da ação pastoral da Igreja que é a Paróquia, que não é mais aquela realidade independente e auto-suficiente. Isso quer dizer: deve a paróquia abrir-se, horizontalmente, multiplicando grupos, comunidades menores, movimentos pastorais para os ministérios leigos, ou procurar a verticalidade integrando-se na forania ou nas estruturas diocesanas e regionais. As comunidades devem caminhar para a criatividade. E a sociedade? Como vamos repensá-la? Enquanto estiver em gestação a nova sociedade, não pode a Igreja deixar de exercer sua diaconia em favor das vítimas da atual deterioração das relações sociais. A nova concepção eclesiológica e o novo dinamismo pastoral modificaram o papel do sacerdote, que deixou de ser o único protagonista da ação evangelizadora, exigindo dele importante função de ?maestro?, de regente de orquestra, de animador de toda comunidade. O momento é animador. As pessoas estão buscando, na religião, aquele caminho de realização pessoal, de saúde corporal e espiritual, de descoberta do sentido e do gosto da vida. A proposta cristã-católica é propícia, porque valoriza a pessoa como filha de Deus e se fundamenta no incomensurável amor de Deus em favor de cada criatura humana. (*) É BISPO DE PALMEIRA DOS ÍNDIOS

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