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Onda de viol�ncia

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O Brasil aparece em primeiro lugar no levantamento realizado sobre mortes violentas de jovens entre 19 países e divulgado anteontem pela Secretaria Municipal do Desenvolvimento, Trabalho e Solidariedade de São Paulo. Os números constam de uma matéria da Agência Estado (AE), que mostra o País já registrando, há três anos, um coeficiente por homicídio, na faixa etária de 15 a 24 anos, de 86,7 por 100 mil habitantes do sexo masculino (6,5 por 100 mil habitantes do sexo feminino). Segundo declarações do economista e secretário Márcio Pochman, reproduzidas pela AE, a quantidade de jovens que morrem por homicídio no Brasil por ano é bem maior do que em países como Croácia, Eslovênia, Irlanda do Norte e Israel, que enfrentaram guerras civis. São dados não surpreendentes, mas assustadores, uma vez que o Brasil entrou na última década do século passado tendo a violência como um dos principais problemas de saúde pública. Um estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), citado pelo Almanaque Abril deste ano, mostra que a taxa de homicídio entre a população masculina, teve um crescimento de mais de 100%, entre 1980 e 1996, passando de 21,2 para 43,5 por mil habitantes. Os investimentos, juntamente com as preocupações dos diversos setores da sociedade brasileira diante desse quadro, devem ser reforçados, e seus resultados usufruídos antes que tudo piore. As ações neste sentido devem ser logo colocadas em prática. Estamos tratando de uma situação por demais amedrontadora que não será revertida se a Nação não tiver melhor sorte com os governantes e legisladores que sairão das urnas em outubro próximo. As próximas decisões, começando pelo governo federal e o Congresso Nacional, devem ser no sentido de aumentar e não promover cortes nos recursos destinados ao verdadeiro combate a todas as causas do avanço da criminalidade. Como a fome, a miséria e o desemprego que têm contribuído para o aumento de vítimas das diversas formas de violência e do envolvimento das crianças e adolescentes com o crime.

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