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Nº 5693
Opinião

Um país para todos

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Por Aloísio Alves. Publicitário e membro efetivo da Apalca | Edição do dia 07/12/2019 - Matéria atualizada em 07/12/2019 às 06h00

Acordei depois de uma noite mal dormida, mas com tempo suficiente para protagonizar filmetes com sonhos interessantes. Com mais de 80% da vida vividos, ainda há tempo para viver melhor, com menos egoísmo e sobra de solidariedade com tantos com quem convivemos cotidianamente. Incluindo os que silenciosamente nos admiram – todos temos admiradores, até os desorientados têm seus fãs - e aqueles que ainda haveremos de conhecer num futuro logo ali. Os sonhos nos indicam caminhos a seguir. Não é demais sonhar os sonhos que nos despertam com um sorriso animador. Uma alegria incontida pela certeza de que todos somos capazes de ser melhores.

Não é tão difícil na jornada da existência estender a mão, respeitosamente, sem discriminação de raça, cor, orientação sexual, ideologia política, até para desafetos! Os sonhos nos mostram cenas que na atribulada corrida da vida real, nos faz esquecer que é possível ser felizes e compartilhar bem-estar. O poeta e jornalista Mario Quintana (1906 – 1994) definia a vida como um acalento de sonhos e sintetizou numa das suas expressões mais conhecidas: “Viver é acalentar sonhos e esperanças, fazendo da fé a nossa inspiração maior. É buscar nas pequenas coisas, grandes motivos para ser feliz!” Quem acalenta sonhos e esperanças, não tem tempo para transpirar ódio. Sua capacidade de tolerância é uma virtude que engrandece no enfrentamento das diferenças em qualquer campo de batalha nas constantes competições nas missões a nós confiadas. Ser tolerante é não aceitar a intolerância dos radicais com ética, respeito, exercendo seus direitos sem menosprezo aos opostos.

O escritor inglês Oscar Wilde (1854 – 1900), tem uma frase que, um século e meio depois é atualíssima: “O egoísmo não consiste em vivermos conforme os nossos desejos, mais sim em exigirmos que os outros vivam da forma que nós queríamos. O altruísmo consiste em deixarmos todo o mundo viver do jeito que bem quiser”. Se esse sonho for real, certamente o Brasil não continuará tão dividido com fanáticos se odiando numa absurda guerra ideológica que a nada levará, se não, fomentar a discórdia. Apenas desgaste emocional, preconceito, exaltação ao racismo e violência, onde criancinhas no caminho da escola correm risco de morte, vitimadas por balas perdidas.

Melhor será concentrar forças mentais para sonharmos com o país dos sonhos dos brasileiros sem a famigerada disputa para saber quem é mais ladrão ou o mais violento. Que pague na justiça os que crimes cometeram. Entristece ver brigas com velhas amizades ruindo, sujeira nas redes sociais simplesmente por causa de posições partidárias ou políticas. A política faz parte das nossas vidas e não podemos deixar de debater ideias eliminando a sujidade do ódio e brutalidade. Por que quem diverge dos seus pensamentos tem que ser inimigo? Não é reação de uma mente opaca os que assim se comportam? Mesmo em noites mal dormidas sonhemos com o Brasil dos mestiços, mulatos, brancos, indígenas e afro descendentes transformado num país que serve e respeita a todos. Espiritual, psicológico e emocionalmente em paz com emprego, educação, saúde, habitação, saneamento básico e uma economia pujante. Sem conflitos, sem a extremada burra guerra ideológica, podemos ser melhores, sim.

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