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Francisco e os animais

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Giovanni di Pietro di Bernardone ou simplesmente Francesco, nascido na bela e medieval cidade de Assis, no ano ano de 1181 e morto em 03 de outubro de 1226, veio ao mundo no seio de uma abastada família daquela pequena cidade da Umbria, na Itália. Foi um jovem mundano, apreciador de festas, bebidas e mulheres. Posteriormente se transformou em um soldado, e nesta condição participou de algumas guerras. Quem diria que Francesco já foi assim.

Em um bendito dia, nosso personagem cruza com alguns mendigos leprosos, que lhe despertam, numa iluminação, a necessidade de uma profunda transformação pessoal, o que entende como um chamamento divino para aceitar a religião e para reconstruir a igreja de Jesus Cristo. O catolicismo mudaria em definitivo, após esta profissão de fé cristã, daquele jovem que fundaria a Ordem franciscana. Começa aí a história de amor de São Francisco de Assis pelos homens, animais e meio ambiente. Estive na cidade de Assis há alguns anos, na oportunidade visitei a casa onde Francisco nasceu e a Basílica de São Francisco de Assis. Me senti dentro do filme de Franco Zeffirelli, “Irmão Sol, Irmã Lua”, de 1972, que conta a história de Francisco e Clara, ou Santa Clara, uma amiga do Santo protetor dos animais e seguidora dos princípios franciscanos de humildade. Para mim, admirador desta história de fé e bondade, esta viagem foi inesquecível, pois me colocou em sintonia com os ensinamentos de Francisco, dentre os quais, o amor aos irmãos animais. Foi aprovado em agosto passado, no senado federal, o Projeto de Lei No 27/2018, determinando que os animais deixem de ser vistos como meros objetos e passem a ser considerados sencientes, ou seja, seres de natureza biológica e emocional, sendo dotados de sentimentos. Esta mudança da legislação, representa um grande avanço na defesa e proteção dos animais, sobretudo na questão referente aos maus tratos perpetuados constante e covardemente contra eles, por aqueles que se consideram racionais. O Papa Francisco afirmou recentemente que “o paraíso está aberto a todas as criaturas de Deus”, e não tergiversou de que se referia as diversas espécimes existentes, no caso, os animais, inclusive se referindo a eles como seres que possuem alma. Certamente o nome escolhido por Jorge Bergoglio para o seu pontificado não foi casual. A empatia e a forma como se trata um animal, fala muito da essência individual do ser humano. O filósofo Artur Schopenhauer ensina que “a compaixão pelos animais está intimamente ligada a bondade de caráter, e quem é cruel com os animais não pode ser um bom homem”. Eu, particularmente, adotei quatro gatinhos de rua: Lari, Nescau, Cinzinha e Amelie Poulain, e incentivo sempre a adoção de animais abandonados, que levam uma vida de muito sofrimento, solidão, fome, sede, doenças, violência gratuita, atropelamentos e não têm com quem contar, salvo algumas instituições protetoras de animais, como a Pata Amada, que faz um trabalho seríssimo pela causa animal. Os animais são seres de luz, nobres, generosos e leais. Um filme que reflete bem o que digo é “Sempre ao seu Lado”, de 2009, dirigido por Lasse Hallströn e estrelado por Richard Gere. Aconselho que usem um lenço para assistir à esta obra cinematográfica.

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