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A grande mídia nacional vem dando destaque a uma realidade que a população alagoana conhece bem. Desta vez, o jornal O Estado de São Paulo trouxe reportagem baseada em levantamento da Fundação Getúlio Vargas, que mostra o Estado com a maior desigualdade de renda do País.

O estudo não é novo. Já havia sido divulgado aqui mesmo na Gazeta em setembro. Em linhas gerais, segundo o coordenador da pesquisa, significa que Alagoas ainda concentra muita renda entre os 20% mais ricos - o que revela um desequilíbrio entre os 20% mais pobres. De acordo com o levantamento da FGV, o Nordeste segue com os piores números de distribuição de renda entre ricos e pobres. Os sete piores índice de Gini do país estão na região, além de Alagoas, o Piauí (0,692), Paraíba (0,692), Ceará (0,686), Bahia (0,683), Maranhão (0,682), Pernambuco (0,679), Sergipe (0,674) e Rio Grande do Norte (0,670). Em matéria publicada no fim do ano passado, a Gazeta de Alagoas mostrou que Alagoas continua como um estado pobre e desigual por razões históricas que ainda não puderam ser superadas. Para especialistas, faltam polos dinâmicos capazes de gerar uma produção competitiva que reduza as importações e promova o crescimento econômico. Falta também, segundo ele, um mercado interno amplo, que aumente e distribua renda, incorpore a maioria da população ao processo produtivo e de consumo. Nas palavras do economista Cícero Péricles, falta um setor público, tanto o Estado como prefeituras, com capacidade autônoma de investimento. O resultado dessa carência, em sua análise, é que nosso mercado interno é estreito, nossa renda é menor que a da média nordestina e muito concentrada. Nesse caso, o enfrentamento da pobreza depende muito da intervenção estatal, seja federal ou local. Os números da Fundação Getúlio Vargas não deixam dúvidas: a desigualdade vem aumentando em Alagoas desde 2015, o que coincide com o início do governo Renan Filho. Apesar de toda a propaganda oficial, o fato é que a atual administração vem contribuindo para aprofundar o fosse social no Estado.

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