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TRAGÉDIAS ANUNCIADAS

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A cada início de ano o drama se repete em alguma parte do País como consequência das chuvas de verão. Este ano, estados como Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo voltaram a ganhar a atenção da grande imprensa por causa dos estragos causados pelas fortes chuvas que assolaram algumas cidades.

Em Minas, até agora 55 pessoas morreram e cerca de 30 mil estão desabrigadas. No Espírito Santo, mais de 12 mil pessoas ainda estão fora de suas casas em 27 municípios atingidos pelas chuvas, desde o dia 17 de janeiro. Nos três estados mais atingidos pelas chuvas, um total de 123 municípios teve situação de emergência reconhecida pelo governo federal. Embora eventos climáticos sejam difíceis de prever com exatidão, os ciclos se repetem e pode-se dizer que o que ocorre com as chuvas de verão no Brasil todos os anos não passa de uma tragédia anunciada. Sabe-se que as chuvas ocorrerão e causarão inundações, desabamentos e mortes, mas faltam ações mais efetivas do poder público para evitar ou minimizar essas tragédias. Executar obras públicas que atenuem as consequências de chuvas de maior intensidade é imprescindível para evitar catástrofes. Enquanto elas não saem do papel, medidas preventivas podem ser tomadas, como desenvolver ações para que a população não ocupe áreas de risco, e criar um sistema de alerta que avise com antecedência os locais onde precipitações e alagamentos ocorrerão. Em médio e longo prazos, entretanto, é preciso investir em saneamento básico e moradia para retirar famílias de áreas de risco e lhes dar condições dignas. Também é fundamental impedira que essas áreas críticas sejam novamente ocupadas. Sem isso, todos os anos estaremos diante da TV lamentando os mortos, desabrigados e desalojados. Os fenômenos da natureza são inevitáveis, mas os danos por eles causados podem ser minimizados ou até mesmo evitados com políticas públicas eficientes.

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