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sábado, 15/03/2025 | Ano | Nº 5924
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Ainda as �guas

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O presidente da Confederação Nacional dos Conselhos Regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Confea), Wilson Lang, acaba de prever, durante um seminário em Salvador, até guerras pela água. A informação é do nosso enviado especial, Roberto Vilanova, e consta de uma série de reportagens nesta edição sobre as questões relacionadas ao mineral cada vez mais escasso no mundo. Também publicamos hoje o resultado da sondagem de opinião pública do nosso instituto de pesquisa (Gape), que mostra 83% da população de Maceió já conscientizados em relação ao fator desperdício e pouco mais da metade (57%) dos moradores da cidade já sofrendo problemas causados pela escassez de água. Apesar de antigas advertências, como as de um relatório da Organização das Nações Unidas, há dez anos, de que por volta do ano 2020 a carência de água vai afetar 2/3 da população mundial, estudos recentes indicam que 20% desta não têm acesso à água potável para beber, 50% carecem de saneamento adequado e sofrem com problemas sanitários. Já informamos, neste espaço, que o Brasil detém 8% de toda a água disponível para uso humano no mundo e que a maior parte (cerca de 80%) está na região amazônica, onde vivem menos de 10% dos habitantes do País. Mesmo assim, chegamos no século 21 com um desperdício de água em torno dos 40%. E com outros fatores negativos relacionados a este bem público que os cientistas já definem como o ouro deste milênio. Não bastassem estes dados, temos outros não menos preocupantes que nos colocam entre os povos mais necessitados de atenções e zelo com a própria existência. Ou não devemos nos preocupar também com o fato de sofrermos inestimáveis danos econômicos e sociais com a degradação dos mananciais. Estima-se que apenas 16% dos esgotos sanitários no País recebem tratamento adequado. Que 45% da população brasileira continuam sem acesso aos serviços de água tratada e mais de 90 milhões de pessoas vivem sem esgotamento sanitário e chega a 72% a quantidade de leitos nos hospitais que são ocupados por vítimas de doenças decorrentes de águas contaminadas.

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