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Nº 5759
Opinião

Saudades, amiga Valda Papini...

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Por Mirian Gusmão Canuto. Médica e Membro da AAL | Edição do dia 08/02/2020 - Matéria atualizada em 08/02/2020 às 06h00

Estava chegando ao Porto de Cabo Canaveral - EUA, vindo de um cruzeiro, quando recebo uma dolorosa notícia: Valda faleceu. Entristeci-me!

Nós, as ex-alunas da mesma turma do Colégio SS. Sacramento formamos uma segunda família: A TURMA DA LÉA. Reunimo-nos mensalmente para almoços, lanches, comemorações, festa de São João, Natal e outras. Nossa amiga apresentava-se sempre com uma fantasia adequada ao tema. Não iremos esquecer a marcante “cigana”, que tanto rodopiava nos pastoris, na casa de nossa também amiga Isadora. Pequenas viagens? Fizemos várias. Nossa alegre e criativa Valda aprontava muitas e boas. Certa vez, em Caruaru, passou por nós um adolescente com um carro de mão; Valda não teve dúvida: Quanto você quer para me carregar? E conseguiu seu intento. Festeira nata, comemorava seu aniversário em quatro edições: a família, a Turma da Léa, a Turma do Vôlei e muitos outros amigos. Em todas imperavam o bom gosto, a florida decoração, deliciosos quitutes, e o principal: aquele sorriso carinhoso e contagioso. Poeta romântica, remetia-nos, com frequência, belos poemas. Homenageou-nos com esse texto: UMA BELA CONVIVÊNCIA “Já é bem longa a nossa estrada, nem sempre com trechos floridos, também árduas caminhadas... Muitas retas, muitas curvas, algumas encruzilhadas... Mares bravios desbravamos, em águas mansas velejamos, de águas turvas desviamos. E, ao longo do caminho, desviando de espinhos, distribuímos carinhos e fomos colhendo as flores, frutos de nossos amores colecionando amizades em clima de fraternidade. Enfim, a Turma da Léa é assim: temperada com alecrim, com cheirinho de jasmim”. Amante da natureza, vivia cercada de cores, flores e sabores que ela tanto enaltecia em seus textos. Enviava aos amigos aniversariantes suas respectivas fotos, com montagens criativas e coloridas. Amiga, como você nos fará falta! Resta nos conformar com a sabedoria de Victor Hugo: “A vida não passa de uma oportunidade de encontro; só depois da morte se dá a junção; os corpos apenas têm o abraço, as almas têm o enlace”. No entanto, acredito que nossa estimada Valda se afinaria mais com o dizer de Henry Scott Holland: “A morte não é nada. Eu somente passei para o outro lado do caminho [...] o que eu era para vocês continuarei sendo [...] falem comigo como sempre fizeram. Vocês continuam vivendo no mundo das criaturas, eu estou vivendo no mundo do Criador [...] continuem a rir daquilo que nos faziam rir juntos. Rezem, sorriam, pensem em mim. Rezem por mim! Saudades, amiga Valda Papini Góes Teixeira.

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