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Opinião

Cena real do HGE

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Por Editorial | Edição do dia 15/02/2020 - Matéria atualizada em 15/02/2020 às 06h00

Cena um: “Pelo amor de Deus, alguém faça alguma coisa! Tô com meu pai enfartado, precisando de cateterismo e angioplastia. Ele tá deitado na maca, numa sala que parece depósito de gente. Falta até água para beber”.

Cena dois: “Estamos muitos preocupados e iremos acompanhar de perto a área de cardiologia no tocante ao quantitativo de stents”, afirmou um defensor público, cobrando celeridade na gestão. Cena três: motoboy sofreu acidente há cinco meses, tendo fratura na perna e no joelho. Ficou internado e, ao ser liberado, o encaminharam para o Hospital da PM, que não possui condições de atendimento. Resultado, seguiu para casa e a via crucis do acidentado continua. Estes e tantos outros relatos são frutos de apurações efetuadas pela reportagem da Gazeta e da Gazetaweb, que acompanha a provação vivida pelas pessoas carentes, ao recorrerem à principal unidade hospitalar do Estado, em busca de socorro. O desleixo no governo Renan Filho chegou a tal ponto que até a manutenção de aparelhos de ar condicionado só é resolvida quando um cirurgião se desespera e grava áudio denunciando o alto risco de morte nas salas cirúrgicas do HGE, em razão do colapso dos condicionadores de ar. Mais do que uma vergonha, um crime! Enquanto o HGE segue agonizando e seus profissionais fazem das tripas coração para acolher os desesperados por socorro, Renan Filho não conserta o caos. Mantém a agenda do concreto, com obras atrasadas de hospitais sem previsão de conclusão. Enquanto o governo se cala perante a desordem em áreas sob sua inteira responsabilidade, a máquina de propaganda digital do Palácio não consegue mais ofuscar a irresponsabilidade. De órgãos fiscalizadores oficiais, como o Ministério Público, espera-se ação firme e determinada em defesa dos interesses sociais.

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