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MAIS UM PIBINHO

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O Produto Interno Bruto do Brasil cresceu 1,1% em 2019, primeiro ano do governo Jair Bolsonaro, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (4) pelo IBGE. Foi o terceiro ano seguido de fraco crescimento da economia brasileira. O ministro da Economia, Paulo Guedes, minimizou o resultado, mas o fato é que o índice frustrou os analistas econômicos.

Olhando de outro ângulo, porém, não há motivo para surpresa. Para conter o rombo fiscal, o governo cortou drasticamente os investimentos públicos, uma das alavancas do crescimento. Com o desemprego ainda alto a informalidade recorde, a outra alavanca, o consumo, também teve pouca reação. O investimento privado também está retraído, sinal de que os empresários estão com um pé atrás em relação ao governo. Investidores estrangeiros também estão retirando dinheiro em massa do Brasil, elevando a cotação do dólar. Enquanto isso, o mercado voltou a prever que o PIB crescerá menos de 2% este ano. A estimativa dos especialistas é de uma alta entre 1,7% e 1,9% neste ano, mas economistas já apontaram 1,5% de alta. Eles avaliam que o menor estímulo em setores mais sensíveis à renda soma-se aos impactos da epidemia do coronavírus, que provoca falta de matéria-prima e um volume menor de comércio com a China. Com isso, o desempenho da economia neste primeiro trimestre deve ser igualmente frustrante. Apesar do pessimismo, o ministro Paulo Guedes afirmou que a economia brasileira crescerá mais de 2% este ano se as reformas propostas pelo governo forem aprovadas. Segundo ele, o país está acelerando lentamente. A população está escaldada, pois o mesmo já foi dito quando houve a aprovação das reformas trabalhista, no governo Temer, e da Previdência, já no atual governo. Evidentemente não há como negar que existam fatores estruturais, herdados de governos anteriores, que travam o crescimento do País. Entretanto, nada indica que a situação vai melhorar no curto e médio prazos porque estamos diante de um governo politicamente fraco e atrapalhado.

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