loading-icon
MIX 98.3
NO AR | MACEIÓ

Mix FM

98.3
quarta-feira, 25/06/2025 | Ano | Nº 5996
Maceió, AL
24° Tempo
Home > Opinião

Opinião

SEM PERSPECTIVA

.

Ouvir
Compartilhar
Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no Whatsapp

Dados da Pesquisa de Empregabilidade do Brasil, divulgados ontem pelo Instituto Semesp, mostram que pelo menos 29,5% das pessoas que concluíram a graduação há até três anos ainda não conseguiram o primeiro emprego, e os que terminaram o curso há mais tempo e ainda não entraram no mercado de trabalho são 8,8%.

A pesquisa aponta a empregabilidade dos egressos de instituições públicas e privadas de todas as regiões do país, revelando a eficiência do diploma de graduação em termos de rentabilidade e sucesso dos profissionais. A pesquisa mostra que não houve diferença significativa entre os egressos de entidades públicas e particulares que responderam atuar em uma área diferente da de formação: 22,5% da rede privada, contra 21,8% da pública. A relevância do diploma na rentabilidade dos profissionais também chama a atenção na pesquisa: antes da conclusão do curso, apenas 5,8% ganhavam mais de R$ 5 mil e, após o término da graduação, o percentual de egressos com essa renda saltou para 41,4%. Pelos dados da pesquisa, conclui-se que, mesmo em tempos de crise, fazer um curso superior aumenta a empregabilidade dos estudantes, pois praticamente todos os que se formaram antes da crise econômica estão empregados. Entre os que se formaram durante a crise, uma parcela está desempregada. Entretanto, para quem se formou recentemente o desemprego é alto, pois devido à crise econômica, não há emprego para todos. Isso acaba criando uma lógica perversa: os mais jovens vão ficar sem emprego durante um tempo e não conseguem experiência, o que vai dificultar futuras contratações. Historicamente, a subutilização de brasileiros de 18 a 24 anos é sempre maior no mercado trabalho, mas em momentos de crise essa tendência se agrava porque os jovens têm menos experiências e baixa qualificação. É preciso que o País volte a crescer para que os empregos retornem, e o mercado possa absorver os jovens trabalhadores. Por enquanto, as grandes apostas do governo – reforma trabalhista e previdenciária – não surtiram o efeito desejado.

Relacionadas