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quarta-feira, 09/07/2025 | Ano | Nº 6006
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Opinião

A CRISE E OS HOMENS

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O ministro Mandetta da Saúde tem tido desde o início da epidemia do Covid-19 um comportamento exemplar, primando pela abordagem técnica e pela transparência, sempre dando a devida métrica às ameaças do que se tornaria uma pandemia reconhecida pela OMS. Focado e em constante contato com a grande mídia e a grande imprensa que lhe abrem todo o espaço necessário para que as informações transmitidas sejam as corretas e não fake news tão acalentadas por outros membros do governo.

A Medicina nacional, tendo à frente profissionais experientes e focados na pandemia, em contato permanente com a OMS e demais países envolvidos, colabora para evitar o pior, esforçando-se para evitar o pânico. No Brasil, o SUS precisará de verbas extras que deverão ser liberadas, mas a sua capacidade instalada, já muito comprometida por pagamentos cronicamente aviltantes e débitos de gestores, será submetida a um imenso desafio. As bolsas de valores derreteram pelo mundo. Os economistas mundialmente mais proeminentes, como Nouriel Roubini, que em 2008 previu isoladamente a crise bancária do subprime, e por isso foi chamado de “Doutor Fim de Mundo”, mas durante o transcorrer da crise foi alçado à profeta, agora alertou: “recessão e crise à vista”. A atual ameaça de recessão global - igualmente à de 2008, que foi recebida no Brasil pelo presidente Lula como uma “marolinha” insignificante, mas que depois, somada à péssima gestão Dilma Rouseff, transformou-se na maior recessão da história nacional - precisa ser encarada com a máxima seriedade para que não se reproduza aquele desastre. Atualmente, a situação é de um PIB com crescimento pífio. Temos a moeda mais desvalorizada do mundo e um risco país que cresceu exponencialmente.

Para dar um tom forte de República de Bananas à difícil situação nacional, o presidente Bolsonaro, em sua última viagem aos EUA, emulando Lula, declarou publicamente para o mundo que a pandemia era insignificante, uma invenção da mídia e dos grandes jornais. Dias depois, fez-se o diagnóstico de que um membro da sua comitiva estava infectado pelo Covid19 e convivera muito próximo a Trump e à sua equipe. O Covid19 foi levado para dentro da Casa Branca via comitiva brasileira. Vamos esperar as repercussões internacionais.

Naquela mesma viagem aos EUA, Bolsonaro relatou para o mundo que embora tenha ganhado a eleição, teria sido vítima de fraude. Em uma só e pequena viagem, duas declarações populistas irresponsáveis: uma subestimando a gravidade dessa pandemia e a outra sobre “fraude e roubo” no TSE. Quem vai investir num país com uma imagem suspeitíssima dessa? PRIORITARIAMENTE, o Brasil precisa urgentemente de sensatez, cooperação e foco. É desalentador, que na pior crise, tenhamos o presidente mais insano. É urgentíssimo unir os entes públicos equilibrados para enfrentar essa crise. Convoquem-se igualmente os EMPRESÁRIOS que bancaram a eleição do presidente, eles são parte da criação do problema - e precisam ser parte das suas soluções.

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