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Opinião

INCERTEZAS

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O presidente Jair Bolsonaro prestou ontem um grande desserviço à nação durante seu pronunciamento em rede nacional. Na contramão do que vem sendo defendido pela Organização Mundial de Saúde e do que vem sendo adotados pelos demais países, Bolsonaro voltou a minimizar a pandemia de coronavírus e criticou a adoção de quarentena imposta pelos governadores, com o fechamento de escolas e estabelecimentos comerciais.

Enquanto isso, no Brasil e no mundo o número de pessoas contaminadas pelo vírus não para de subir. A população, por sua vez, vive duas preocupações. A primeira em relação à própria saúde e a segunda no aspecto econômico. Pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha mostra que os brasileiros estão incertos sobre a duração da crise provocada pelo avanço do coronavírus, mas a maioria dos trabalhadores prevê que sua renda diminuirá com a paralisação da economia nos próximos meses. De acordo com o instituto, 79% das pessoas preveem que a economia brasileira será muito afetada pela propagação da doença. Outros 16% acham que ela será pouco afetada, e somente 3% dizem que ela não será prejudicada. Os economistas ainda estão inseguros em relação à duração da crise. A maioria trabalha com a hipótese de que as maiores economias vão se recuperar no segundo semestre, mas tudo ainda é incerto. A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE, ou clube dos países ricos) estima que o mundo vai levar anos para se recuperar do impacto dessa pandemia. Para o OCDE, todas as grandes economias do mundo entrarão, nos próximos meses, em recessão por ao menos dois trimestres consecutivos. Governos ao redor do mundo têm tomado medidas sem precedentes para apoiar trabalhadores e empresários durante a pandemia, que mais infectou mais de 300 mil pessoas. A OCDE defende que os governo ignorem os preceitos dominantes sobre o endividamento público e utilizem o que for possível para lidar com a crise. O momento é grave e exige dos governantes sabedoria e equilíbrio.

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