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Nº 5693
Opinião

DESAFIO COLOSSAL

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Por Editorial | Edição do dia 03/04/2020 - Matéria atualizada em 03/04/2020 às 06h00

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, afirmou esta semana a pandemia de Covid-19 é o maior desafio que o mundo enfrenta desde a Segunda Guerra Mundial. Para ele, a situação pode levar a uma recessão sem paralelo e, por isso, exige resposta forte e eficaz. De fato, trata-se de uma combinação perversa: uma doença ameaçadora e um impacto econômico que levará a uma recessão sem precedentes.

Os números impressionam. Os casos do novo coronavírus no mundo já chegaram a 1 milhão, à medida que a pandemia explode nos Estados Unidos e que o número de mortos continua a subir na Itália e na Espanha. O vírus matou mais de 51 mil pessoas no mundo, com o maior número de mortes na Itália, seguida pela Espanha e pelos EUA. Os primeiros 100 mil casos foram relatados em cerca de 55 dias e os primeiros 500 mil, em 76 dias. Os casos dobraram nos últimos oito dias. A doença foi relatada em 117 países e territórios que relataram. A taxa global de letalidade está acima de 5% em relação a todos os casos confirmados, com países como o Reino Unido, os EUA e a Espanha relatando um aumento nas mortes ao longo dos últimos dias. Os efeitos econômicos são igualmente devastadores em termos de desemprego, fechamento de pequenas empresas e a suspensão do comércio informal. Nessa hora, governos devem deixar de lado sua rigidez fiscal e adotar medidas para proteger empresas, empregos e garantir a sobrevivência da população mais vulnerável. É isso que têm feitos diversos países, mesmo aqueles governados por dirigentes de perfil mais liberal, em muitos casos até mesmo por meio da distribuição de dinheiro aos cidadãos. Enquanto isso, o governo brasileiro pôr em prática as medidas com a rapidez que a situação exige, e o presidente expondo publicamente divergências com seu ministro da Saúde. Como afirma o secretário-geral, da ONU, é a crise que exige a resposta mais forte e mais eficaz e isso só pode acontecer pela solidariedade e por um esforço comum, abandonando os jogos políticos e compreendendo que a humanidade está em jogo.

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