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Opinião

No campo da Sa�de

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O Hospital da Universidade Federal de Alagoas está entre os 45 de todo o País ligados às instituições de ensino superior mantidas pela União e que se encontram em situação das mais críticas. Seus principais problemas são crônicos e pioraram nesta Era FHC. O quadro, de há muito deplorável, agravou-se com a escassez de recursos para sua manutenção desses serviços de saúde pública, cada vez mais necessários ao País, e a não realização, há vários anos, dos concursos públicos indispensáveis ao preenchimento de dezenas de vagas, em vários níveis. A necessidade de servidores nas diversas áreas desses estabelecimentos, bem como de professores nas universidades, aumentou bastante nos últimos dez anos, em decorrência das aposentadorias por tempo de serviço e proporcionais e dos programas de demissão promovidos pelo próprio governo. Não bastassem estes problemas, o governo federal não deixou de promover novos cortes nos investimentos para a educação e a saúde, e outros setores essenciais, e de discriminar, por ocasião da distribuição das verbas, as regiões mais empobrecidas do País, como o Norte e o Nordeste. Realidades como a dos hospitais universitários exigem providências urgentes. Até porque o País não pode continuar com as suas carências cada vez mais agravadas, notadamente na área social, longe de alcançar a tão desejada meta “Saúde para todos”. Com endemias e epidemias, a exemplo da dengue. Além de outras, já erradicadas e que voltam mais assustadoras. É por demais lastimável o fato de chegarmos no século 21 com o Brasil sendo considerado um dos países que menos investem em saúde pública. Mesmo apresentando mais de 20% dos domicílios não atendidos por rede de abastecimento de água, sem coleta de lixo, e quase 60% do total estimado em 40,6 milhões, desprovidos de esgotos sanitários e com menos de 5% dos esgotos recebendo “algum tratamento”. Dados dos primeiros meses do ano passado já denunciavam algumas impressionantes conseqüências de tudo isto, destacando os 180 mil óbitos anuais pelo consumo de água contaminada e o déficit sanitário concorrendo para 65% do total das internações nos hospitais públicos e conveniados. Não chegaremos ao verdadeiro desenvolvimento social e econômico com problemas e números como estes no campo da saúde pública.

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