Opinião
Quem paga esse pato?
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Nesse clima de impotência e angústia, a humanidade sofre com as consequências trágicas da doença aliada a outra tragédia que é a paralisação completa da economia. Morte e desemprego, sensação de insegurança, incerteza quanto ao amanhã. O Brasil sofre duramente para controlar a crise em duas frentes: a guerra entre a “vida” e a “economia”. Graças a Deus, temos um ministro da Saúde que heroicamente resiste a trombadas, humilhação e não é com a seita, mas com a saúde dos seus patrícios. Pisoteado pelos candidatos ao seu ao cargo, sabe que sua sobrevida não durará muito tempo. Quem mais o critica é o deputado Osmar Terra, gaúcho e uma atuação pífia no enfrentamento da gripe Influenza no seu estado quando foi secretário de saúde. Foi lá, na sua gestão, que aconteceu o maior número de mortes no Brasil. Mandetta segue firme com suas convicções e muita responsabilidade para proteger a saúde do povo. Estamos prostrados diante do altar do sacrifício. Medo do ataque do vírus, desespero com a possibilidade de perder empregos e perder pessoas amadas feridas pela lança mortal do inimigo invisível. Até quando comércio, indústria, pequenas, médias e grandes empresas, prestadoras de serviços suportarão essa prisão? O mundo está parado, o Brasil está no sufoco, com dificuldade para respirar, porque os pulmões da vida ficam cada dia mais comprometidos. É tão grave quanto se vê inescrupulosos usarem a epidemia como palanque político. A sociedade precisa da solidariedade de todos indistintamente, respeito à dor das famílias vitimadas. Isso vai passar, um dia passará! Enquanto não acontece, continuamos no sacrifício, no prejuízo com dimensões que, tomara, passem longe da Gripe Espanhola de 1918, que se estendeu até dezembro de 1920. Que os empregos e empresas não mergulhem num poço sem fundo. Essa realidade precisa ser encarada de frente pelas autoridades, desprezando rixas pessoais, esquecendo o pleito de 2022. O que estão fazendo os nossos representantes nos legislativos de estados, municípios e Congresso Nacional? Poucos têm de se mobilizado. E os togados da justiça? São os únicos brasileiros que não sentirão no bolso os efeitos da crise. Alguém já ouviu falar em alguma inciativa da Assembleia Legislativa e Câmara de Vereadores, aliando-se ao executivo por solução de combate ao COVID- 19? Não é o que o registra a imprensa! Apesar de necessário nesse pico da pandemia, o isolamento social, além das consequências econômicas, poderá também apresentar incômodos efeitos psicológicos. Consequência de uma doença paralela, também agressiva que é o desemprego, as dificuldades das empresas para arcarem com seus compromissos financeiros se as portas continuarem fechadas.