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Opinião

Partiu para a eternidade Carlos Mendonça

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Por MILTON HÊNIO. médico e membro do Conselho Estratégico da Organização Arnon de Mello | Edição do dia 23/05/2020 - Matéria atualizada em 23/05/2020 às 06h00

Dorme desde a tarde do último dia 13 de maio para sempre no seio da terra o meu inesquecível amigo-irmão Carlos Mendonça. Esse coronavírus agressivo e violento que invadiu o mundo, o atingiu e o fez nos deixar para sempre. Nossa convivência foi longa, mais de 60 anos, pois desde os nossos tempos de criança e adolescente, que brincávamos juntos com outros amigos queridos. Vivíamos sempre unidos e alegres na Praça São Gonçalo, rua Comendador Palmeira e Parque Gonçalves Lêdo, no Farol, onde moravam nossos pais e avós.

O tempo foi passando e cada um tomou o seu destino. Carlinhos, como o chamava, escolheu Direito, pois, como exemplo de vida teve seu pai, Dr. Alfredo Gaspar de Mendonça. Eu escolhi a Medicina e como Pediatra, mais tarde, tive a imensa alegria de cuidar de seus 3 filhos , Rosa, Vera e Alfredo, desde o nascimento até a adolescência, onde foi fixada mais ainda a nossa amizade e de nossa família. Carlos Mendonça, durante 50 anos, foi um exemplo singular de paixão pelo Direito. Exerceu muitas funções nesse setor e em todas elas marcou sua passagem. Era entusiasmado pela educação e o bem estar social da juventude. Carlos Mendonça era também muito amigo do saudoso Senador Arnon de Melo e de seu filho Fernando Collor de Melo, como também de toda família. Daí sua participação ativa na Organização Arnon de Melo durante 50 anos, onde exerceu funções importantes como Presidente do Instituto Arnon de Melo e do Conselho Administrativo. Durante os 35 anos de convivência que tive com ele na Gazeta de Alagoas, verifiquei o quanto ele era querido e admirado por todos que ali trabalham. Foi também meu companheiro na Academia Alagoana de Letras onde deixou muitos amigos. Meu estimado Carlinhos, você deixou nesta passagem pela terra um pouco de sua alma, na alma das coisas. Apaixonado por nossa natureza, pelo nosso mar, pela nossa lagoa, pelo nosso coqueiral, onde estiver, há de dizer: “Guardarei no meu olhar todos os azuis do céu, da minha terra e trago na minha alma toda a doçura dos seres que amei”. Sua esposa Felina, seus filhos e netos foram a sua vida e a sua inspiração. Hoje, sua ausência é sentida meu caro Carlinhos. Porém, jamais faltarão o apreço, a saudade e o carinho de todos aqueles que lhe devotaram uma grande amizade, como eu.

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