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O QUE VEM PELA FRENTE

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De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), a América Latina é considerada o novo epicentro da pandemia de Covid-19, e a projeção é de que o Brasil pode chegar a 88,3 mil óbitos em agosto deste ano. A Opas alerta que semanas muito duras ainda vêm pela frente.

De fato, a situação do Brasil é crítica. Por aqui há uma grande subnotificação de casos e, em menor grau, de mortos, devido principalmente à baixa testagem, juntamente com uma curva ascendente de novas mortes. Some-se a isso uma taxa de contágio ainda muito alta, a baixa adesão da população às medidas de isolamento social e a inabilidade de gestores públicos de reconhecer a gravidade da situação. Na semana passada, o País rompeu a marca simbólica de mais de mil mortes diárias por Covid-19. Sem realizar testes em número adequado, o Brasil não tem ideia do tamanho real da pandemia e por isso não consegue adotar medidas específicas para frear o contágio, seja pelo isolamento dos casos assintomáticos ou com sintomas leves, seja pelo rastreamento dos contatos desses infectados. Especialistas dizem que o governo brasileiro perdeu a mão quanto ao controle da pandemia. Por isso o número de casos está crescendo de forma exponencial. Enquanto isso, alguns gestores públicos ainda discutem se decretam lockdown (confinamento total) ou não, enquanto outros vão pelo caminho oposto e falam e flexibilizar as medidas. Crítico do lockdown, o presidente Bolsonaro alega o alto custo econômico de um confinamento nacional. Para a Opas, porém, definitivamente este não é o momento de flexibilizar as restrições e reduzir as estratégias de prevenção. A entidade ressalta que o momento é de seguir fortes e implementar agressivamente as medidas de saúde pública comprovadas, para que os serviços hospitalares não tenham sua capacidade esgotada. Outra medida fundamental, segundo a entidade, é ampliar a capacidade de testar. Testar todos os pacientes suspeitos, os que tiveram contatos com esses pacientes e isolá-los de maneira adequada. Tudo isso depende de uma ação integrada, que envolve governo federal, estados e municípios.

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