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Nº 5693
Opinião

FATO OU FAKE

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Por Editorial | Edição do dia 28/05/2020 - Matéria atualizada em 28/05/2020 às 06h00

Por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, a Polícia Federal cumpriu ontem mandados de busca e apreensão contra pessoas suspeitas de participar de um grupo que opera uma rede de divulgação de notícias falsas contra autoridades por meio das redes sociais.

A relação de alvos do ministro inclui expoentes da chamada tropa de choque digital do presidente Jair Bolsonaro, encarregada de difundir comentários, memes, ataques e relatos de fatos, nem sempre fiéis à verdade. O fenômeno das fake news é de dimensão global. Especialistas e autoridades de diversos países discutem os problemas relacionados aos conteúdos que circulam na internet, que chamam de “desordem informacional”. A desordem informacional é composta por notícias falsas, consideradas “desinformação”, mas também por outros tipos de mensagens voltadas a provocar dano, denominadas de “má informação”. Entre essas mensagens, estão desde a incitação à violência e a outros crimes a conteúdos que visam intimidar, humilhar ou afetar a dignidade de outras pessoas. Não se trata de uma prática nova. Muito antes do advento da internet, os boatos já eram usados como estratégias de marketing nas campanhas eleitorais. Nos últimos anos, entretanto, chama a atenção a rapidez a e amplitude com que eles se espalham, graças à revolução tecnológica que proporcionou o surgimento de grandes comunidades virtuais. Se antes o método era o boca a boca, agora é no compartilhamento de informações por meio de computadores e, principalmente, celulares. Em questão de segundos, uma notícia, verdadeira ou falsa, ganha o mundo. Com ajuda de perfis falsos, os chamados robôs, o efeito é ainda mais rápido e eficiente. Há muitas iniciativas partindo da sociedade civil, universidades e dos próprios meios de comunicação, que criaram agências encarregadas de checar informações para distinguir se são fatos ou fakes. É um trabalho importante, mas a conscientização dos cidadãos é a melhor arma, ao ter o cuidado de checar os fatos recebidos antes de passá-los adiante.

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