app-icon

Baixe o nosso app Gazeta de Alagoas de graça!

Baixar
Nº 0
Opinião

LONGA JORNADA

.

Por Editorial | Edição do dia 30/06/2020 - Matéria atualizada em 30/06/2020 às 06h00

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, anunciou ontem cinco novas diretrizes guiarão as decisões e recomendações repassadas a todos os países a partir de agora. As diretrizes – resultado de trabalho conjunto de pesquisadores, clínicos e especialistas – são o empoderamento de comunidades, a supressão da transmissão, o salvamento de vidas, a aceleração de pesquisas e a liderança política.

Tedros anunciou também boas perspectivas em relação ao uso de um medicamento específico, a dexametasona, que tem proporcionando bons resultados em pacientes graves de Covid. Segundo estudos iniciais, o corticosteróide reduziu em até 30% as mortes em pacientes que desenvolveram o sintoma mais agressivo da covid-19, a síndrome respiratória aguda grave (SRAG). O chefe da OMS voltou a alertar que ainda há muitas pessoas suscetíveis e que ainda há muitos lugares que não foram afetados pela presença do vírus, o que possibilita uma nova escalada no contágio. Alguns países estão passando por um aumento de casos durante a reabertura das economias e das sociedades. O grande desafio no combate à Covid é que se trata de uma doença nova, que os cientistas ainda estão conhecendo e descobrindo suas características, enquanto testam medicamentos que possam minimizar os sintomas e evitar mortes, até que haja uma vacina eficaz. Usando uma expressão popular, é como trocar o pneu de um carro com o veículo em movimento. Como afirmou ainda o diretor da OMS, ainda estamos numa longa jornada até superarmos essa pandemia. Os protocolas vão mudando à medida que os especialistas vão conhecendo melhor o vírus. Isso pode causar angústia e até descrença da população, mas não há outro caminho. Apesar do progresso de muitos países, globalmente a pandemia está se acelerando e já se teme uma segunda onda de Covid. É preciso um grande esforço da comunidade científica, do poder público e da população, para vencer esse inimigo invisível e poderoso, apesar de minúsculo.

Mais matérias
desta edição